quarta-feira, 20 de abril de 2011

Afinal

Já chorei muitos rios.

Rios de água doce,
Rios de água de beber,
Rios de gás,
Rio de águas salgadas.

Minhas lágrimas evaporaram, foram pro céu como preces. Tornaram-se cristaezinhos de gelo. Daqui de baixo ver-se como núvens brancas gasosas, doces e suaves.
Lá no céu dançam as núvens que já foram lágrimas a serpentinar meu rosto.

Já sorri muitos sóis.

Sol de verão iluminado.
Sol de tarde laranja.
Sóis de dias praieiros.
Sol de noites quentes.

Os sorrisos que me iluminam o rosto ilumina também o teu.
Assim como o meu é sol, o teu é mar, e no reflexo faz a confusão de quem afinal achou graça primeiro.

4 comentários:

  1. que coisa mais linda de ler...

    bejao Nathi

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  2. Você tá se tornando uma poeta melhor a cada dia...
    Esse mundo de Nathi anda tão mágico que tenho até curiosidade de saber o que se passa nessa caixola sonhadora e criativa. Gosto tanto disso. Dessa arte e inspiração toda. Do seu amor por isso.
    Do seu sarau que está por vir (e que quero tanto ir!). Dessa poesia que emana do nosso viver e que você tem traduzido em palavras tão linda.
    Essa última em especial, me lembra uma pssagem de V. de Moraes:
    Meu tempo é quando.

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  3. Muito bonito doutora, gostei muito desse post. Parabéns!

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  4. Bonita a poesia, mas quando a água muda de estado liquido para o gasoso, a água deixa tudo para trás...

    Fique com Deus, menina Nathi.
    Um abraço.

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