terça-feira, 11 de novembro de 2014

Gestacionar a ideia

Terça-feira, de manhã

Ela está sendo gerada e aos poucos cresce, porém no momento não é viável. Motivo: tempo e recursos financeiros. É que vou ter de estar em São Paulo antes do que esperava e meu dinheiro está sendo investido em outro projeto tão empolgante quanto a ideia: construção da casa dos meus pais.

Eles nunca tiveram um lugar pra realmente dizer, agora sim estamos de vez em casa. Nunca. Este ano depois de muitas reviravoltas aconteceu de comprarmos o terreno e mês que vem as coisas começam a acontecer. Estou muito feliz, gostaria de que fosse tão rápido quanto desenhar uma casa num pedaço de papel, mas como não é, paciência pra participar deste importante processo.

Por este e outros motivos estou preparando as malas para deixar Recife no domingo de manhã. Mas, assim como não vim pelo caminho mais curto, também não irei direto. Pego um voo pra Belém e o plano é depois pegar um barco pra Manaus, dar uma voltinha na Amazônia em muito boa companhia. Siloah, um novo amigo que fiz aqui em Recife, está viajando e me chamou pra compartilhar parte da viagem. Convite feito, convite aceito. Descobriremos o que o norte tem.

domingo, 12 de outubro de 2014

Ideia

Um dia eu tive a ideia de ir de São Paulo ao Rio de Janeiro de bicicleta com meu melhor amigo. Pensamos em fazer isso nas férias, mas aí a empolgação dele acabou com menos de uma semana, eu não arranjei outra pessoa pra me acompanhar e acabei deixando esta vontade de aventura pra lá.

Ontem, ou antes de ontem, eu estava conversando com minha nova amiga e colega de quarto, a Raquel, falávamos sobre viagem, ela vai pra minha amada Bahia mês que vem e tal e eu dizendo que estava pensando em conhecer melhor meu estado de Pernambuco, que podia fazer uma viagem em direção ao sertão, estou empolgada com a região por causa do livro do Mario Vargas que está contando a história de Canudos e seus peregrinos que viajavam muito a pé. Então pensei "por que não viajar também, mas de bicicleta?!"

A ideia renasceu, está crescendo na minha mente, e agora tenho dois agravantes que não tinha antes:

1- Ando rodeada de pessoas viajantes e aventureiras que alimentam meus sonhos de liberdade todo dia.
2- Eu provei pra mim mesma este ano que se eu sonhar, planejar e tiver coragem, eu realizo.

Então, eu estou pesquisando e sonhando com "cicloturismo" e minhas pretensões andam ao mesmo tempo realistas e extravagantes, se vai acontecer e quando, se o lado realista vai se sobressair ao outro, se irei sozinha, até onde irei e quanto vou gastar... só os próximos capítulos dirão.

[ansiosa e animada]

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

"A guerra do fim do mundo" Mario Vargas Llosa

"[...] enquanto os presentes, prendendo a respiração, faziam um esforço antecipado de memória para recordar o futuro.

"O escocês inculcou no filho, desde que este fez uso da razão, um preceito simples: a revolução vai libertar a sociedade dos seus flagelos e a ciência vai libertar o indivíduo dos seus males."

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O que você quer?

A partir do momento que uma ilusão morre, consequentemente nasce uma verdade. Uma verdade que não existia porque era incompatível com a ilusão que você criou e colocou na cadeira ao seu lado. A cadeira esvaziou ficou fácil pra Verdade se sentar à mesa.

Sou uma viajante, esta será minha profissão nos próximos meses, quem sabe anos.

Hoje no ponto de ônibus, enquanto esperava, eu me permiti perceber que posso sim andar mundo sem culpa por um bom tempo, afinal quais são meus sonhos?

Eu quero uma carreira de sucesso e um nome numa placa?
Não. Eu quero as coisas que um emprego bom pode trazer por ter um salário bom, mas reconhecimento internacional ou nacional em alguma área específica da minha profissão? Isso eu passo.

Eu quero uma família linda, rica e saudável?
Sim. Mas isso eu já tenho, minha família é e sempre será meus pais, meu irmão e quem mais for se agregando. Não quero me casar, não acredito nisso. Nem quero filhos, não teria jeito pra isso.

Eu quero me fixar num lugar e passar os meus próximos 50 anos?
Não. Eu não quero limitar minhas possibilidades de nenhum modo. Meu maior bem é minha liberdade, qualquer coisa que ponha isso em cheque eu abomino.

Então, o que é que eu quero?

Eu quero conhecer o máximo de pessoas e lugares possíveis , viver experiências inesquecíveis, fazer parte da minha família de uma forma construtiva, ser alguém que evolua cada dia como ser humano. Quero ajudar as pessoas que cruzarem meu caminho. Quero que meu trabalho me traga felicidade e não problemas, que ele me ajude a realizar meus sonhos e não os engula.

Quero poder sonhar, planejar e depois realizar.

domingo, 28 de setembro de 2014

Viajante

Sou uma viajante de mochila nas costas. Se alguém me perguntar qual é minha profissão eu respondo farmacêutica, se alguém me perguntar qual minha ocupação ou lazer eu digo que é viajar. Eu estou viajando, o mais engraçado é que alguns dias repetindo o mesmo teto e comecei a me iludir do contrário.
Hoje me perguntaram de onde eu era e eu não soube o que responder, porque eu costumava dizer: sou pernambucana, mas os últimos dias em Pernambuco me fez repensar este título.
Nasci no Pará, pouca gente sabe disso. Foi em uma das viagens dos meus pais e fiquei alguns poucos meses lá, depois seguimos pro Acre, Goiás, e lá meu irmão nasceu. Daí pra cá foram muitas cidades, a última delas com moradia fixa foi São Paulo, que me levou 10 anos de existência (2004 a 2014). Mas neste ínterim ponha na lista os estados de Pernambuco (algumas cidades), Piauí, Bahia, São Paulo (interior), Goiás (de novo, mas no interior) e o Distrito Federal.

Dentre todas as idas e vindas eu sempre tive Pernambuco como referencial, como um ponto que nós voltávamos sempre pra ver a família e por as ideias no lugar.

Este último período da minha vida, o final da faculdade, me deixou extremamente desgastada, com o lado emocional e psicológico abalados e eu me perguntava "Se não quero morar em SP pra onde eu vou então?!"

Acho que vir pra cá foi mais um reflexo da realidade que sempre tivemos do que qualquer outra coisa, pelo menos é o que eu tô achando agora. Eu via meus pais fazerem isso e sempre tentarem achar o caminho certo, acho que foi isso que eu fiz. O fato de me sentir perdida me fez agir como eles, só que eu inovei um pouco: não me enfiei na casa das minhas avós ou dos parentes, como eles faziam: eu me joguei no mundo.

Recife não é o Pernambuco dos meus pais.

Recife não é o meu Pernambuco das lembranças de infância. Somos do interior, sempre fomos. Então, o que danado eu vim fazer aqui?! Porque escolhi esta cidade louca e cativante?

Ainda não achei a resposta. Ainda estou procurando minha Parságada. 

Hoje me assumo na estrada. Não sou de Recife, tenho pertencido a este lugar. Hoje eu estou perdendo algumas ilusões.

Hoje tenho aberto melhor os olhos e tenho muito orgulho de ter conseguido isso no meu primeiro mês. Não suportaria viver uma vida inteira cheia de questionamentos sobre o que eu não fiz e poderia ter feito. Uma ilusão é a pior companhia que alguém como eu pode ter.

Não tenho mais muitas ilusões sobre Recife, que é uma cidade muito bonita, com momentos mágicos, mas que não tem praia nadável na capital, não tem faixas de pedestres suficientes, não tem aluguel que caiba no meu bolso e ainda é muito precária em saneamento básico e o mercado de trabalho farmacêutico ainda está muito restrito, ainda tem gente que te liga querendo que você "assine" a farmácia dele. Isso é o cúmulo em pleno século 21.

Espero muita evolução pra Recife, espero muito aprendizado pra mim, quero continuar crescendo, e sim, eu sei que ainda vai doer muito, mas agora que já comecei, vou até o fundo deste mundo maluco e selvagem chamado Planeta Terra.

Novas Resoluções

26 de setembro
É incrível o quão rápido a minha empolgação tem mudado de rumos. Depois das últimas conversas duvido muito que o Rafael Trad venha pra cá, de impulso ele teria chegado ontem, mas pensando bem... Não veio, e tenho 99% de certeza que não vem.

Caí na real ontem, ou antes disso, que comprometer metade do meu salário com aluguel de apartamento é ostentação demais pra mim. É colocar uma corda no pescoço todo mês e não ter dinheiro pra aproveitar nada. Não gosto de ficar dura, quem gosta?!

Não quero perder minha leveza de vida, como tenho perdido nestes últimos dias, por conta de dinheiro que não tenho no bolso.

Ontem fui até uns "quartinhos" perto do meu trabalho que o valor seria ideal pra mim, só 220 reais de aluguel, luz e água, mas só vendo que muquifo. #deusmelivreeguarde! #padimpadiciçomedefenda! Pior só um cortiço de verdade, lugar sem iluminação, tudo sujo, cheio de criança piolhenta e catarrenta, aremaria!

Saí frustrada. Não, dizer isso é pouco, saí desolada. Porque pensava eu: "Se onde estou, que já não é bom é um absurdo pagar 450 reais, imagine mudar pra um buraco desses?!", "Pra onde eu vou depois do dia 1º? O que vou fazer?"

Com este dilema na mente conversei um tempão com o pai no celular e chorei o caminho todo de volta pra casa no ônibus, acabei reencontrando um pouco de paz após tantas lágrimas.

Refletimos juntos e chegamos à conclusão de que não adianta eu querer alugar um apartamento agora pra colocar uma geladeira e um fogão dentro, fincar uma bandeira e chamar de lar. Eu estaria sendo precipitada e forçando uma situação que não é real ainda. Recife está sendo minha casa, não é minha casa ainda de verdade, não sei se um dia será.

Então, resolvi procurar um Hostel que me abrigue em troca de horas de trabalho. Já fiz 4 visitas hoje de manhã, estou com 2 Nãos e 2 Talvez na mão. Depois fiz mais buscas pelo Facebook e já tenho outro Talvez. Espero conseguir algum que me aloje nem que seja pro mês de outubro, como eu disse pro Peterson hoje (ele me ligou), tenho vivido um dia de cada vez. Não adianta querer sair de casa, da asas dos pais, sem herança e ter luxo e talz, é só ilusão, a vida real é dura e não se maquia, ou é ou não é, dinheiro vai e só volta com muito custo. 

Coloquei a mochila nas costas, não estou com o sentimento de missão cumprida, então o certo é continuar andando, continuar minha viagem, mesmo que na mesma cidade nos próximos dias. Não tem problema, a vida é em si uma viagem.

Numa Noite de Semana

Terça-feira 16 de setembro de 2014

Minha terceira semana iniciou-se e tem andado a passos de passeio. Ter um trabalho está me ajudando a ter uma rotina, depois de tanto tempo sem saber o que é isso.

Não que isso seja uma coisa ruim ou boa, é só mais um fato diferente nesses dias distintos.

Algumas outras coisas são parte de minha rotina: pensar no pai, na mãe, no Michel, na Arielo,ou seja, na família toda pela manhã.
Querer conversar com alguém no final da tarde.
Correr uma vez por dia pra extravasar a energia acumulada.
Sentir saudades do Rafa toda vez que tenho um pensamento idiota ou um comentário de sacanagem sobre alguma coisa que vi.

A falta e a saudade têm sido rotina.
A solidão está se dissolvendo na minha rotina.
Fazer planos para preencher meu tempo.
Tenho me acostumado comigo, com meus banhos gelados, com minha comida de geladeira, com a consequência das minhas escolhas. Eu sabia que seria difícil, mas é foda quando tá tudo borbulhando aqui na minha cabeça, nas minhas artérias, nos meus rins, nos meus pulmões, nos meus tendões e pupilas.

Eu moro dentro de mim, esta é minha casa, este é o meu universo.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

A aventura da solidão

Ontem levei minha amiga solidão pra dar uma volta depois do trabalho. Ela com aquela cara debochada dava risinhos sorrateiros da minha sede de uma companhia pra beber uma cerveja. Ela é incrédula, não acredita de jeito nenhum que eu vá conseguir beber uma com algum novo amigo hoje, talvez nem eu acredite.

Andei uma rua, fui até o final da outra. Pensei então em dar uma volta e depois sentar no bar e defender o direito da mulher beber sozinha, como qualquer bom cidadão brasileiro. Avisatei um bar bonitinho, interessante, mas de perto tinha cara de restaurante, fiquei na dúvida, parei pra perguntar pro segurança. Ele estava acompanhado do rapaz do estacionamento. Começamos a conversar e nem sei que horas a Dona Solidão foi pra casa me esperar. Só me toquei quando estava na terceira skol, "poxa, o que será que deu da Dona Solidão...?"

Talvez a gente não se fale mais, talvez amanhã a gente não se reconheça na rua, mas hoje, dividimos uma mesa de bar. Somos eternamente amigos que deixaram a solidão sozinha. Um brinde e um obrigada.

domingo, 14 de setembro de 2014

Outro voo

25.09.2014
Eu aqui no terceiro aeroporto, o penúltimo desta viagem incrível que iniciei a uns poucos dias e que nem dá vontade de lembrar como era a vida antes de tudo isso, Salvador. Amor à família será sempre um referencial, saudades dos amigos que deixei em algumas terras distantes é inegável, mas a rotina e a atmosfera que por tanto tempo me rodeou e me apavorou, roubando noites de vida e dias de sonho, não está em nada fazendo falta.

O sentimento de despedida não muda. Chegamos e conforme andamos lançamos sementes, em alguns solos férteis elas brotam, e então vamos embora e às vezes torcemos para que chova nestas sementes e que tornem-se belas samambaias, orquídeas, girassóis e margaridas. Quero continuar sonhando e vivendo deste delicioso perfume que exala das amizades antigas, dos amigos novos, dos colegas que podem tornar-se amigos, dos amigos que podem maturar em amores e os amores que guardamos para sempre.

Sentir falta dói, saudade traz nostalgia, mas é bom viver emoções variadas, de diversos horizontes e aromas para sermos cada dia mais humanos. Gente que se toca, que se compartilha, que deseja o bem, que quer crescer, amar, chorar, e que faz de cada despedida um dia de novas descobertas.

Quero hoje manter-me com os olhos e o peito aberto, se vim colocando as entranhas para dentro, vou deixando ausências e ansiedades para trás.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Dicas para algum louco que queira fazer o que estou fazendo [2].

Olha a gente aqui de novo, e não é que tivemos coragem de pegar o avião? E o pior, não é que sobrevivemos à primeira semana?

Pois é, estamos superando todas as expectativas, em uma questão de 5 dias eu consegui um lugarzinho pra morar (temporariamente), me inscrevi no Conselho e arranjei um emprego. Nada que temos na mão é o ideal, mas já está bom, o começo é assim mesmo. Fazendo um balanço de tudo que tem me ocorrido e pelas emoções que tenho sentido, vamos à segunda lista de dicas nesta segunda segunda-feira que passo aqui, chuvosa pra caramba, o primeiro dia da semana que se repete no mesmo lugar no último mês. Explico: Antes de vir, passei um período de "férias" no Rio de Janeiro e na Bahia, depois visitei minha família no interior, para poder vir pra cá de vez. Mas, deixemos de enrolação, vamos às dicas:

0. Pesquise direitinho sobre o seu campo de trabalho ou estudo na cidade nova. Se sua profissão tem um Conselho de classe, vá até lá e converse com outros profissionais e funcionários. Saiba sobre piso salarial e colocação no mercado, não vá atrás de simples boatos, consiga dados reais, sobre sua profissão. "Ouvi dizer que..." não ajuda ninguém que está entrando numa realidade nova.

1. Faça uma lista recente e atualizada dos possíveis locais que você pode alugar antes de chegar na cidade. Eu aconselho os sites básicos de busca, como o OLX, BOMNEGÓCIO, EASYQUARTO etc, assim você já vai ter uma noção prévia de preços e localização. Tome cuidado com as imobiliárias, muitos corretores quando notam que você é novo podem se sentir tentados a querer ganhar mais encima de você.

2. Se assim como eu você estiver se mudando para uma cidade que não conhece mesmo, dê preferência a passar o primeiro mês num hostel ou num lugar que não tem contrato obrigatório de semestre ou ano, assim, se você não gostar da vizinhança ou encontrar um lugar melhor depois, que se identifique mais, (o que quase sempre acontece!) você está livre para mudar sem pagar multas de contrato. Existem muitos hostels que se você faz pacote mensal eles te dão bons descontos.

3. Se assim como eu, de novo, você estiver se mudando só com uma mochila nas costas, pesquise direitinho sobre imóveis mobiliados, alguns a mobília é uma porcaria, fotos de internet enganam muito. Não pague nada adiantado, nem feche negócio sem conhecer pessoalmente o local e em hipótese alguma se iluda com anúncios milagrosos, seja desconfiado, mesmo não demonstrando para os proprietários, seja discreto e objetivo.

4. Evite realizar sua mudança em épocas festivas na sua nova cidade, principalmente se for uma cidade turística. Festividades deixam tudo mais caro, tanto aluguel como mercado, comida de rua etc. Além do fato de ter mais gente na cidade, o que pode te dar uma primeira impressão errônea, maquiando a realidade do cotidiano do ano todo, o que pode acabar alguma hora te decepcionando.

5. Procure a secretaria de turismo ou urbanização da cidade em busca de informações sobre como se locomover no transporte público, mapas, programas culturais para fazer. Você veio pra morar, mas até conhecer sua nova cidade você é turista. Passeie, ande pelas ruas a pé para aprender caminhos, não tenha medo de perguntar às pessoas, a seus vizinhos qual o melhor lugar para comprar tal item, ou qual o melhor horário para andar por tal rua. Aí vamos a próxima dica:

6. Os moradores locais são seus melhores guias, não banque o independente toda hora, nem seja arrogante, todo mundo pode te ajudar na sua adaptação. Mas também não ande em todo lugar com cara de turista gringo, para não virar alvo fácil de malandrinhos da rua. Seja humilde, esteja aberto a cultura nova que você está se inserindo, não se esqueça: Você é o estranho agora, não faça besteira logo de cara, não é hora de deixar "sua marca" no bairro, vá com calma.

7. Compre água mineral. Até o seu organismo se acostumar ao novo clima, à nova água, ao novo ambiente em si, evite mudanças drásticas demais. Evite dor de barriga ou diarreia, não que a água seja suja, mas com certeza possui uma microbiota diferente da que você estava acostumado, você pode não se adaptar tão rápido. Beba água mineral no mínimo no seu primeiro mês.

8. Esteja preparado para a solidão. Fazer novos amigos, ter novas companhias, leva um certo tempo. Se você estiver mudando-se para um lugar onde já tem amigos, ótimo, se não, pergunte a seus amigos quem conhece alguém no local que pode servir como "guia" na vida social da cidade, nem que seja só por caridade pra te iniciar na cidade.

9. Prepare-se para descobrir quais são suas reais preferências sobre tudo. A solidão te dá muito tempo consigo mesmo, isso é bom. Autoconhecimento, prática de hobies, descoberta de novos gostos, esta parte é bem legal, uma verdadeira aventura para dentro de si mesmo.

10. Permita-se conhecer um novo mundo todos os dias. Uma cidade nova, tudo é novo, dentro e fora de casa. Não adiante nada se fechar num casulo, você saiu para uma vida nova e ela só vai acontecer se você deixar. Se isso começar a te incomodar demais, se ter de abrir mão do conforto ou da comodidade de todos os dias for demais pra você, então não se mude, fique onde você está. Do contrário, ao invés de viver uma aventura fantástica, você vai entrar num pesadelo. Ninguém é obrigado a ser aventureiro, se no meio do caminho você descobrir que não é, volte pra casa, pra sua cidade, não como um derrotado, mas como uma pessoa corajosa que tentou, que deu o passo e descobriu que não era aquilo mesmo que queria. Respeito toda atitude realizada para a evolução e o amadurecimento!

Parabéns por ter saído até a calçada, o mundo é uma aventura todo dia!

domingo, 24 de agosto de 2014

Véspera (de novo)

Ao terminar de preparar minhas malas na véspera da viagem, dia 17 deste mês, eu estava arrependida de ter planejado passar antes no Rio e em Salvador até chegar em Recife. Estava ansiosa, cheia demais de expectativas e com a atitude de quem foi abduzida pelo espírito paulistano para "fazer nova vida" logo. Isso não era eu, não sou assim, eu ESTAVA daquele jeito, descobri com o passar dos dias que a melhor coisa que fiz foi me dar férias.

No Rio eu perdi toda a minha ansiedade. Fiz novos caminhos, tive novas companhias e quem sabe não iniciei uma paixão que tenha continuidade. O Rio me devolveu o amor à arte, processo iniciado em Porto Alegre, me mostrou que sou uma pessoa que pode ser objetiva e sincera sem ser mal educada ou antipática.

Aqui, em Salvador, eu reencontrei a tranquilidade, a calma e fiz amigos. Diferente do Rio, aqui nos tornamos uma família. Se um não pode sair, ninguém sai. Fizemos de tudo juntos, vou sentir muita falta deste grupo, tão distinto e tão humano.

Amanhã eu embarco para Recife, hoje eu estou novamente um pouco preocupada com esta "nova vida", mas é diferente. Estou bem, estou aberta às oportunidades, não tenho ilusões de realizar grandes escolhas definitivas, a vida não é definitiva. A vida não é uma lista de tarefas que você deve ir checando. Estou nostálgica de saudades, mas estou leve, tranquila e feliz.

Obrigada a todos que fizeram estes poucos dias perecer e realmente ser uma vida.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

E a minha casa será a estrada

Passei dez anos em uma grande cidade, com tudo em excesso. Muitas pessoas, muitos carros, muito barulho, muito lixo, muita cultura, muito tudo.

Isso de cidade grande de todo mundo tá correndo pra fazer a vida e ser alguém às vezes martiriza e perturba quem muitas vezes pensou: "e se eu não quiser assim?" ;"E se eu não for deste jeito?"

Então com medo, com coração pequeno, com olhos molhados, com mãos suadas e dor de barriga você reúne algumas roupas numa mochila e as entranhas dentro de você e sai. Pega um ônibus, depois um avião, depois anda a pé e se encontra na estrada depois de bastante tempo sonhando com ela.

Na estrada você conhece outras pessoas que estão nela há um dia, uma semana ou alguns anos e os seus sonhos também são os sonhos de alguns, outros tem planos parecidos, ou até já realizaram a façanha de conhecer 102 países, coisa que você, medíocre e pequeno jamais se permitiu sonhar. Um dia você está tomando café com alguns novos amigos e dar-se conta de que, sim, você é normal, a vida pode ser normal dentro de uma grande cidade, mas também tem total direito de ser normal na estrada, em um lugar diferente constantemente, mas onde você se sente em casa.

Então você percebe que não ser normal é normal. Que o "normal" para algumas pessoas pode não ser sua forma de ser normal, mas tudo bem, porque é assim que você se sente bem, vivo e isso é tudo hoje, amanhã a gente decide o que será normal para nós.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Rio de Janeiro

Uma cidade que todo mundo acha que conhece, seja por novela da globo, por cartão postal ou pelas belas músicas, é difícil encontrar alguém que não tenha uma ideia de como é o Rio. Eu tinha uma ideia e cheguei tímida e cheia de medo. Porém a cidade está ali e você tem de se abrir e ao entrar no Rio e me deixar ser parte de toda sua magia, a cidade transformou minha ideia em fumaça e riu de minha pouca imaginação.

Riu de mim todos os dias ao encher meus olhos de vegetação, água salgada de mar e hospitalidade humana. Riu de mim na floresta da Tijuca, no som de Ipanema e Leblon, nas belas Ruas de Copacabana, no feitiço dos caminhos da Lapa. Riu de mim de tantas formas possíveis e simbólicas que eu acabei rindo de mim também. Um riso bom e solto, uma risada gostosa e bem embalada. Nada de deboche.

Por que sonhei eu uma cidade tão pequena se o Rio cabe todo o mundo?
Pessoa de tantos lugares que o eco de suas línguas ainda estão povoando a minha mente.
Tantas artes que meus olhos ainda estão ofuscados.
Tanto que ainda nem sei, o pouco que conheci já me encheu por dias.
Estou transbordando Rio de Janeiro, estou suspirando Rio de janeiro, estou exalando Rio de Janeiro.

E mesmo sabendo que vou demorar a voltar, quero que essa ressaca, esta barriga cheia da cidade maravilhosa demore o máximo possível.

Porque todos os caminhos levam (de volta) ao Rio.

Ipanema

Arpoador

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Dicas para algum louco que queira fazer o que estou fazendo.

E o que é que eu estou fazendo?

Bem, a alguns anos coloquei em minha cabecinha de Dora que não queria morar onde atualmente e por muitos anos residi, não gostava daqui e decidi ir embora assim que possível.
Assim que possível traduziu-se como: Logo após a conclusão do meu curso universitário, uma vez que portando um diploma poderia eu escolher qualquer lugar que me agradasse para morar.
Sendo assim, fazer o que estou fazendo é ir morar em outro lugar, distante do atual e deixar toda uma vida para trás sozinho(a).
Morei aqui em São Paulo de 2004 a 2014, chegando em julho e saindo em agosto, fechando direitinho 10 anos. Em um ano você faz colegas, em cinco anos você faz amigos, mas em 10... Veja bem, leva-se no peito alguns irmãos de não sangue.
Embarcar numa aventura desta pode ser empolgante, instigante, intrigante, desafiador, mas vai por mim, você vai precisar mais que colhões para executa-la com toda destreza.
Eu ainda estou no processo de, pego o avião depois de amanhã, mas vão algumas dicas desde já para a etapa 1: sair, depois escrevo sobre a etapa 2: chegar ao novo destino.

0. Tenha certeza da sua escolha, blefar sobre algo assim só vai fragilizar emocional e psicologicamente você e as pessoas que te amam.

1. Não compre as passagens com muita antecedência, isso vai deixa-lo(a) ainda mais ansioso(a).

2. Apesar de ir preparando as pessoas que conhece para a sua saída, não diga a todas assim que comprar a sua passagem, conte aos poucos para as pessoas mais chegadas primeiro e depois para os demais colegas, evite ansiedade nas pessoas.

3. Mantenha sua família e seus amigos mais próximos atualizados de todos os seus planos, fazer eles se sentirem participativos ativos de sua aventura faz bem a eles e os deixa mais calmos e preparados para a partida.

4. Aja naturalmente com seus colegas, evite falar sobre assuntos muito pessoais com eles, com o tempo ter com quem falar trivialidades e esquecer um pouco a expectativa de ir embora vai te fazer bem.

5. Não use o fato de estar indo embora como motivo para "chantagem emocional", em nenhuma hipótese.

6. Resolva tudo que estiver pendente no local onde você reside antes de sair, deixar algo pra trás pode trazer dores de cabeça futuras desnecessárias. Fazer uma lista e ir ticando os itens é uma boa maneira de se organizar.

7. Descubra o que pode ser resolvido sobre sua nova vida mesmo antes de chegar e resolva, o que não puder... Esqueça pelo menos enquanto ainda não estiver na sua nova cidade, não fique ansioso(a) a toa.

8. Próximo a sua ida evite ver as pessoas aos poucos, quanto mais despedida você viver, mais você vai sofrer. Tente marcar uma festa ou reunião de despedida centralizada, assim você sente de uma vez e não fica sofrendo aos poucos. E não faça isso no aeroporto, evite tumulto em locais públicos, faça na sua casa, na casa de um amigo ou num bar, são as melhores opções.

9. Escolha um bom horário de chegada, de preferência de dia, por volta da hora do almoço, chegar muito cedo ou muito tarde em qualquer que seja o destino pode trazer inconvenientes desnecessários.

10. Se estiver deixando para trás um emprego e contatos profissionais, mantenha as portas sempre abertas, não saia xingando ninguém, aqui vale o clichê: "do futuro ninguém sabe...".

Viva os seus momentos presentes, aproveite os dias que ainda tiver com seus amigos e sua família, não existe um dia para a vida começar, a sua vida está acontecendo sempre, quer você queira ou não.
Não mude de cidade atrás de utopias ou ilusões, às vezes procurar um psicólogo para te ajudar a ter certeza se a sua saída é pelos motivos certos é uma boa escolha, uma conversa com alguém que estudou para ajudar as pessoas e não é seu amigo, alguém que você não tem que agradar pode ser uma ótima experiência.

Boa sorte!

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Porto Alegre - VIII

Domingo, uma semana aqui em Porto e conheci todo o centro, andamos pela zona norte, passeamos muito. Viemos almoçar na casa do pai da Marcela e eu simplesmente me apaixonei pelo irmão lindo dela. Pena a gente ter esquecido de ter tirado uma foto.

Mas, na capital mais rock do país (ou pelo menos é o que os gaúchos fazem questão de dizer) não poderíamos deixar o dia do rock'n roll passar em branco.

Conhecemos assim uma casa consagrada em Porto Alegre, o Bar Opinião, R. José do Patrocínio, 834 - Cidade Baixa. Assistimos a uma apresentação da Graforréia Xilarmônica. Adorei o show, eles estavam animadíssimos, a cerveja era meio sem muita opção, entre devassa e schin eu quase que escolhi as lágrimas, e a casa também é pequena para suportar o público de um show grande. Mas vale a pena conferir!

Quem colocou a mão do demônio na frente?!

Porto Alegre - VII

Sábado pela manhã nós fomos dar um passeio pela Redenção. Localizado no bairro Bom Fim, entre a Av. João Pessoa e a Av. Oswaldo Aranha, é grande e tem feirinha de antiguidades nos domingos, como fomos no sábado havia somente uma feira de artesanatos.

Monumento

Fonte

A janta foi um pastel maravilhoso lá na "Pastel com Borda", Rua General Lima e Silva, 449, Cidade Baixa, mas eles também estão em outros dois endereços: Av. Cristóvão Colombo, 245 e Rua Fernandes Vieira, 454.

Delícia, sabor portuguesa.


Porto Alegre - VI

Na sexta acordei um pouco mais tarde, afinal a quinta foi bem cheia. Tomamos coragem, o que não foi difícil com o sol lindo que estava fazendo e fomos à Usina do Gasômetro. Lá a vista é maravilhosa bem na margem do Guaíba, dentro do prédio também tem exposições e outros eventos, mas na minha opinião a beleza da natureza supera a arte feita pelas mãos humanas.

Usina do Gasômetro

Perto da ciclofaixa

Varanda das esculturas - Gramadinho bom!

Banquinho da Elis Regina, não tirei foto da estátua porque a Marcela disse que é muito feia e não parece a Elis, que era linda!

Arte!!!

Um dos fornos que antigamente produzia energia através da queima do carvão.

Depois, fomos tomar um cafezinho numa Padaria muito charmosinha na Rua dos Andradas, 797, Padaria e Confeitaria Roma. Cafezinho preto R$ 2 e cappuccino R$ 6,90, farroupilha (que é como um misto quente, aqui também chamada de torrada, se for no pão de forma) R$ 4,25.

Delícia!

Mais tarde fomos no bar do Rossi, onde a atração principal é o próprio Rossi. Depois, como já ia fechar (2h) continuamos na Villa Acústica. Mas também não fica aberto por muito mais tempo.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Porto Alegre - V

Gostaria de deixar um esclarecimento, eu estou fazendo a visita pela vida cultural do Centro daqui de POA em tantos dias porque vim com tempo de sobra para passear. Não estou pagando hospedagem, estou alocada na casa de uma amiga que nos conhecemos a bastante tempo no colégio e desde que ela veio morar aqui no final de 2008 eu estou devendo esta visita. Sendo assim, devo dizer que para quem vem com o tempo restrito, dois dias, três dias, dá tranquilamente para conhecer tudo, ou quase tudo, mas não dá, isso com certeza! Para ver tudo com a calma que eu vi, nem com o ar de tranquilidade com o qual tenho visitado diversos lugares.
E é possível também fazer uma lista com os principais pontos que o visitante mais queira ver e priorizar isso no passeio.

Passeamos pela Praça da Matriz, entramos na Catedral Metropolitana, e passamos pelos Prédios dos 3 Poderes. Também visitamos rapidamente o teatro São Pedro, onde voltaremos na segunda-feira para uma apresentação da orquestra por apenas 20R$, e passamos pela linda e esquecida Biblioteca do estado do RGS. Está em reforma fazem 7 anos, mas a obra está parada a 2. Total descaso que conferimos de perto.

Interior da Catedral Metropolitana

Vitral de São Jorge

Monumento a Júlio de Castilho - Inaugurado em 1914, mostra ele nas 3 idades.

Maquete do teatro

Lateral da Biblioteca - Detalhes de alguns pensadores universais



Hoje fomos também para a tão esperada Casa de Cultura Mário Quintana, localizada na Rua dos Andradas, 736. Antigo hotel no qual o poeta morou de 1968 a 1980, foi inaugurada como centro cultural em 1990, oferecendo ao público exposições, cinema, teatro, biblioteca, salas de ensaio e oficinas e um delicioso café na cobertura.

Vista da CCMQ do 6 andar

Entrada da Casa - Não deixe de vistar o quarto do poeta no 2 andar, e vá antes das 18h para também conferir o Acervo da Elis Regina. Depois diga-me como é, porque cheguei às 18h05 e já havia fechado :(

Cartão do Café no 7 andar - Não peça a empada de camarão, a de frango é muito melhor! E os preços não são tão populares!

Sapatos Floridos - Andar onde encontra-se o projeto de mesmo nome que atende o público infantil

Uma das exposições - Noticiário, exposição mutável constantemente se renovando.

Funciona de seg das 14h-21h; ter-sex das 9h-21h e sab-dom das 12h-21h. Tel: 51 3221-7147.

Depois passeamos mais pela Rua dos Andradas, vimos a Igreja das Dores. Construída por escravos, muitos morreram durante esta empreitada, e dizem que há uma maldição, por isso não ocorrem casamentos nela, dentre outros tipos de cerimonias.

Igreja das Dores à noite


Hoje nós vamos a um show da banda Roda Viva, que só tocam musicas do Chico Buarque. o show é na casa de show Ocidente, é tradicional aqui em Porto Alegre. Foi a única casa de festa que sobreviveu depois que a Boemia saiu do Bairro Bom Fim e migrou para a Cidade Baixa. Nela nasceram grandes nomes do rock gaúcho nos anos 80 e 90, como: Os Cascaveles, Os Replicantes, TNT. Hoje em dia é uma casa de shows mais elitizada, que deixou um pouco de lado o DNA alternativo da sua origem. Geralmente ocorrem festas temáticas, sendo uma das mais famosas a Balone.


Localizada na João Telles esquina com a Osvaldo Aranha (51 3312 1347).
http://barocidente.com.br/

A banda me impressionou na qualidade de música apresentada. Isso é um ótimo sinal, sendo que cover sempre é julgado pelo artista real, o que geralmente os prejudica pela alta expectativa do público. Aprovadíssimos!

banda Roda Viva - Cá entre nós, que baixista gracinha!

Convidado no Sax e clarinete, não lembro o nome, mas tocou maravilhosamente bem!

Visão da banda por cima. 

A casa tava lotada, e quem estiver por aqui nos próximos dias, tem mais MPB nas quintas-feiras, vale a pena dá uma conferida! Dia 17 tem o show "O Maestro, O Malandro e o Poeta", com música de Tom, Chico e Vinicius. Sempre o show tá marcado para às 22h, mas começa às 23, só que é melhor chegar às 22h mesmo por causa da quantidade de gente que lota o salão na frente do palco e são poucas mesas. A Cerveja Heineken 600mL estava por 10R$. Só pra não dizer que eu não avisei, ultimamente o que mais você vai encontrar como público de MPB aqui é a galera "hippie chic", fica a dica!


quinta-feira, 10 de julho de 2014

Porto Alegre - IV

Nesta quarta-feira de dia lindo de sol e sem mais nenhum impedimento de copa do mundo para atrapalhar o funcionamento dos museus, fomos conhecer os prédios da Praça da Alfandega por dentro.

O primeiro foi o Santander Cultural, antigo prédio do Banco do Comércio, uma exposição histórica e permanente conta estas transformações no sub solo, vale muito a pena conferir.

Na entrada, no térreo, você pode deixar sacolas e casacos num armário e levar a chave, isso é bem legal. Até o dia 10 de agosto o térreo está tomado pela arte do Vik Muniz "o tamanho do mundo". Não há muito o que comentar sobre este artista que agrada todas as idades e quase todos os públicos sem entendiar jamais.

Cama Ereção

Caveira de Palhaço

Homem Origami (eu acho, não lembro exatamente)

Enciclopédia Britânica (Não lembro o nome)

Postcards from nowhere (Rio de Janeiro)

No andar superior tem duas outras "micro" exposições, uma é do Daniel Escobar: "Seu lugar é aqui, seu momento é agora". Obras utilizando papel de loteria, muito criativo!

Depois, seguindo na Praça da Alfandega, encontra-se o Memorial do RGS, só que como a exposição atual era sobre futebol, nós dispensamos. Então, seguimos para o Museu de Artes do RGS. Com duas exposições, a que mais gostei foi a formada por obras só de artistas femininas: "ÚTERO MUSEU E DOMESTICIDADE: Gerações do Feminino na Arte".

Desculpe, não peguei o nome

Desculpe, não peguei o nome



Simone Nassif - Santa Maria

Cinthia Sffogia - Arlequim IV

Clara Figueira - Jóia da coroa da feminilidade

Marina Terra - Série Mulheres (sem título)

Os pontos positivos dos museus aqui em Porto Alegre é que são todos com entrada gratuita e ficam abertos até as 19h. Todos têm um café, para quem gosta é cada um mais aconchegante que o outro.

Depois dos passeios nos museus eu e a Marcela viemos para casa, comer um bolo de chocolate pelo aniversário do Ricardo.




quarta-feira, 9 de julho de 2014

Porto Alegre - III

Hoje, 08 de julho, teve jogo do Brasil, então fomos a um museu que estaria aberto no seu horário normal.
O Instituto Iberê-Camargo. Localizado na Av. Padre Cacique, 2000, Fone: 51 3247-8000.

De início a arquitetura do prédio impressiona.



Atualmente, estão 3 exposições no prédio. piso 4 - Nuno Ramos, Ensaio sobre a Dádiva. Maravilhoso, com elementos de vídeo, música, esculturas, realmente inusitado!
No piso 3 - Liberdade em Movimento, com trabalhos de muitos artistas, mostra o movimento do homem e suas marcas como registro de arte.
No piso 2 - Iberê-Camargo, As horas [o tempo como motivo], composta por obras de 1970 a 1980, suas pinturas em papel, tela e madeira, com guache, tinta a óleo, giz de cera, nanquim, mostram elementos já comuns em suas obras como os carretéis e os dados, e depois de tanto tempo, figuras humanas, principalmente ele próprio.

Lindíssimo!

Quem tiver a oportunidade de conhecer, não desperdice.

Vista de dentro, do piso 4

Obra do piso 4 - Nuno Ramos

Obra do piso 4 - Nuno Ramos

Obra do piso 3

Obra do piso 3


Eu e Obra de Iberê-Camargo

Uma boa dica de local para um almoço Bom, Bonito e Barato é o restaurante "TUDO PELO SOCIAL". Situado na Rua João Alfredo, 448, na Cidade Baixa, serve buffet a vontade por 9R$ ou o prato alaminuta por 16R$, sendo que este serve bem duas pessoas. O legal é que o alaminuta é uma variação da expressão francesa a la minut, prato rápido composto aqui em Porto por arroz, salada, batata frita e uma carne. A parmegina é indicada para você e mais 2 ou 3 amigos. Vá com paciência, pois pode haver filas, mas é rápido. Bon appétit!


Porto Alegre - II

No segundo dia a gente deu um grande passeio pelo centro:

Mercado Público

O Mercado Público é um xodó dos moradores Portoalegrenses, com mais de cem anos, já sobreviveu a 4 incêndios e uma enchente. Hoje está sendo reformado devido ao último incêndio, que acabou de completar um ano.

Praça da Alfandega

Praça da Alfandega

Acampamento Farroupilha

É um evento tradicionalista que envolve gastronomia, danças folclóricas, música, artesanato, vestimentas e outros aspectos da cultura gaúcha. Geralmente ocorre no mês de setembro, quando é comemorado a data da revolução Farroupilha. Por ocasião da Copa, este ano, excepcionalmente ocorre desde junho, e ficará em funcionamento até setembro nos finais de semana. Quem vier, prepare-se para encher os olhos com a cultura bela do Rio Grande e os bolsos, pois há muito o que comer e levar de lembrança.

Acampamento Farroupilha


Rótula das Cuias (vulgo "Tetinhas")

Sorveteria Jóia
(Esquina da Rua da república x Rua jJsé do Patrocinio)
Indicação de sorvete bom, delicioso mesmo e barato: No copinho 1 bola tá 3R$, 2 bolas 4R$ e 3 bolas 5R$.

Anda-se de ônibus por 2,95 a passagem, e se quiser pode comprar o cartão de integração "TRI", que dá direito de pegar 2 ônibus, com limite de tempo a partir do 1º chegar ao ponto final e trancar a catraca. Para adquiri-lo paga-se uma tarifa, não encontrei exatamente o valor no site, mas não deve passar de 15 reais, não convertidos em passagens.

Vale lembrar que nas segundas-feiras os museus não abrem, então vale a pena outros passeios ao ar livre.