domingo, 16 de outubro de 2011

"neuróticas indagações sobre a vida"

Coisas que a gente sabe que está faltando e odeia a rotina por não te dar tempo nem a oportunidade de correr atrás, como mais tempo pra ler os livros que estão se acumulando, de ver as amigas que estão amadurecendo sem minha presença, como conversar com estranhos só pra ter certeza que tudo não é só um teatrinho feito pra te deixar sozinha no mundo - como a teoria da conspiração.

Ai ai estas pequenas coisas que deixam minha vida um pouco vazia demais.

(Para )

Porém, se eu tivesse os meios pra chegar aos fins sem ter que passar por todo o processo, será que o sabor seria o mesmo? Teria o mesmo prazer, ou será que isso não faz nem diferença, é tão pequeno que não deveria nem perder tempo me perguntando.

Às vezes acho que as minhas dúvidas e sentimentos são todos roubados, durmo como um copo vazio e acordo com a missão de uma esponja. Todas as vidas são diferentes? Quantas pessoas viveram antes de mim com as mesmas preocupações, todas que giram em torno do meus ponto:
"SOBREVIVÊNCIA, MEU BEM, SOBREVIVÊNCIA E NADA ALÉM."

Por que estar respirando é o importante, estar respirando pra esperar, o trem, o além, o algo a mais, alguém, ou até o "aumento desde o ano passado para o mês que vem".
Queria te contar uma história empolgante, divertida e que falasse de girassóis, chuva, pés em movimento e olhos curiosos.
Você se contentaria hoje só com a chuva e um pouco de sonho? A gente combina de deixar a aventura pra amanhã, tá? Só pra não perder o costume de esperar.

Estou aqui, esperando você se pronunciar.

(Título roubado emprestado da Ana)