terça-feira, 30 de junho de 2015

Bobagens COTIDIANAS IV

Escrevo-lhe com unhas e boca vermelhas, símbolo de minhas emoções afogueadas. Ando ouvindo samba, bebendo álcool e falando poemas.
Sua presenta obstina, sua ausência determina novos horizontes.
O que faremos com este amor em farelos? Distância atlântica para molhar as lembranças e enevoar os nos momentos.
Por que é mesmo que te amo?
Lavando roupa e arrumando prateleira pra te deixar de lado no pensamento. Impossível. Você é impossível.
Te amo hoje. Ainda. Já?!

Acordar para uma nova semana. Abrir os olhos, abrir possibilidades. Aceito esta inercia na esperança de que isso anestesie a fata que você faz. Sonhando com o passado para não colocar pressão nos dias que virão.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Bobagens COTIDIANAS (III)

Quem foi o maluco que disse que saudade é bom?

Só se for pra esvaziar as prateleiras de
Prozac®  e manter o eterno fluxo encher/esvaziar de copos.
Vivo morrendo de saudades.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

O acaso que nos surpreende

Não acreditar em destino ou em um deus que rege nosso "destino" dá a liberdade de deslumbrar a constante beleza do acaso.

Uma vez uma frase escrita na bíblia fez todo sentido pra mim: "E conhecerás a verdade e a Verdade vos libertará"...
Uma vez livre da religião/fanatismo eu me vi livre de verdade. Pelo menos algo em um livro inteiro fez sentido, parece até uma charada dentro de tanta historietas. Irônico.

Paro pra pensar em todas as besteiras que a gente faz e um dia olha pra trás e pensa "caraca como eu fui boba". Tive uma infância rodeada de anjos e demônios, um dia algum professor de igreja disse que "estava tudo dentro do plano de deus". Pronto, foi o suficiente pra uma criança com menos de dez anos pirar, achava que deus sabia tudo e fazia tudo e que a gente era só umas marionetes. Isso me deixou muito triste, eu queria fazer o que eu achava que queria fazer. Não queria ninguém responsável pelo o que eu fazia ou deixava de fazer. Teve um belo dia que eu simplesmente desencanei, "tá bom, a nossa vida é um teatro? beleza, vamos ver o que vem a seguir", até que anos depois, muitos encontros e desencontros me mostraram que ninguém sabe o que vai acontecer... até que .. acontece. E pronto a partir daí é conhecido, antes disso não.

Amo saber que a nossa vida neste mundo é regida pelas nossas próprias mãos, se eu faço ou se eu deixo de fazer não tem uma força sobrenatural que vai corrigir o universo de acordo com um plano. Isso traz ação, responsabilidade, força de vontade, se eu não fizer não vai aparecer um anjo pra arranjar as coisas por aqui. Eu sou responsável pelo mundo ao meu redor. O acaso que cruza caminhos e o que fazemos com estes encontros são de nossa inteira responsabilidade. Se amigos ou não, é porque quisemos ou não.

O acaso, o caos de vidas se encontrando e se deixando encontrar, é lindo. Viva sua responsabilidade de escolha.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

bobagens COTIDIANAS (II)

Estava conversando com um amigo ontem e falávamos de trabalho/emprego, novas oportunidades na cidade dele que o turismo vem crescendo, a ideia de montar um hostel, satisfação profissional entre outros assuntos de gente grande. Percebi que a maioria dos meus amigos são bem normais ao ponto de não gostarem "muito" de trabalhar, com uma certa veia artística. Também sou um pouco assim, afinal se trabalho fosse realmente legal não era uma obrigação, você fazia só quando dava vontade, tipo uns três ou dois dias por semana, (com certeza não faria no domingo) mas nunca todo dia. 

Então comecei a imaginar " e se eu fosse artista?" O que eu faria? Qual seria minha arte? Gosto muito de ler, mas ler não é bem uma atividade remunerada e/ou arte, até existem críticos ou revisores etc, mas não é esse tipo de leitura que eu gosto de fazer. Eu gostaria de tocar saxofone, mas saxofonista só ganha dinheiro passando um chapeuzinho em calçadas, ou então tem que ser muito bom pra tocar com alguma banda. Podia ser artista plástica e colocar toda a minha loucura pessoal de forma universal em alguma tela com alguma técnica (que quando ninguém sabe o que é chamam de "técnica mista"). Talvez, quem sabe, eu podia escrever... Mas eu duvido que algum me pagaria algum trocado por um punhado de palavras.

Ser artista não é fácil, tem que se dedicar e encarar o mundo com um olhar único e diferenciado.

Não sei, talvez eu desenvolva algum lado artístico qualquer dia desses.. E saia por aí lendo, tocando sax com um pincel na mão e um lápis na outra. Vai que tem um gênio dentro de mim só esperando uma oportunidade de me surpreender.

Alguns momentos eu viajo... Fazer o quê?!