quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Minha auto-depreciação merecida

Eu estava trabalhando e tive uma ideia genial.
Daí o texto começou a vir em minha direção, palavra a pós palavra... e eu tentava desviar de qualquer jeito, porque se ele não aparece-se agora poderia ser que mais tarde quando resolvesse dar as caras eu estivesse livre.

Teimoso e insistente ele veio.
E agora que posso escrever...ele foi.
Anotei um inicio de parágrafo -- esqueci dentro do avental do armário do laboratório.
Odeio isso!

Quando um texto vem pra mim, me desculpe mas eu TENHO que anotar,
eu DEVO!
Se não fico aqui derramando minha tristeza e frustração de não ter boa memória e nenhuma criatividade, o que escrevo é porque me apareceu pronto,
não crio nada,
não transformo nada.
Não sei nada!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

A noite

Entre um silêncio breve e a luz que se acende.
Apaga.
Desgasta os olhares, minha pupila se contrai.
Miose.
Um desejo e um copo d'água.
Nos seus olhos a água é lágrima, é rio, é mar salgado.
Tudo se multiplica.
Meiose.
Desejo é ação.
Pedido é passado.
Agora a gente se descobre e prova quem manda.
Ninguém obedece.
Olhar seco, desertifica.

Quanto mais quente melhor [?]

"Por favor, liga o ventilador?"

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

wish

Quero te dar uma geladeira de satisfação,
uma televisão de cultura,
um chuveiro de chuva de verão,
uma cama de núvem.

Assim nunca mais você ia ficar pensando na vida em frente a ela,
não ia perder tempo e cérebro com a outra,
não ia precisar se esconder da dádiva do céu e
poderia sonhar com o infinito!

Ps: Ai como eu tô romântica, alguém me empreste uma âncora antes que...

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O dia

Um dia você vai me perguntar quando tudo acabou,
onde tudo começou,
em que nós erramos,
qual o fruto proibido,
de quem é essa árvore,
se eu peguei o seu chinelo,
por que o céu é azul e a noite eu não vejo o sol.

Um dia você vai me perguntar com quantos paus se faz uma cerca pra proteger o amor.
Um dia você vai descobrir que eu não tenho (quase nenhuma) resposta.

Neste dia eu não sei o que farei,
mas na manhã seguinte eu quero abraçar seu corpo quando acordarmos lado a lado,
olhar seus olhos inchados de tanto sonhar e te soprar no ouvido um pouco de realidade que faz renascer a esperança que não existe, mas que todos temos.

Se você me disser que sim, eu faço o café, mas a louça é sua.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O valor de uma amizade

Como se mede? Tem proveta ou balão volumétrico aferido analiticamente pra isso?

Eu acho que pode ser com aqueles aparelhos de última geração que contam o número de sorrisos trocados, passos compartilhados, um tantinho de interesse em nossa mútua companhia, só porque a gente sabe como se fazer feliz e ter segundas intenções nisso é até perdoável.

Eu te ensino química e você me ensina um pouco da sua gargalhada gostosa com sotaque gaúcho.
Eu te escuto horas, você com jeitinho de princesinha de estória infantil, e você pode me acompanhar em alguns diálogos vazios sobre meus problemas resolvíveis.
Te dou um conselho duro e só queria te ver feliz, hoje...amanhã a gente inventa outra desculpa.
Esbarro contigo por aí pra gente tomar um suco de açaí e trocamos sentimentos de "é.. eu sei como você se sente".
Ah, se você cozinhar pra mim no domingo, prometo que lavo a louça e escuto quantas músicas do Lenine ou do Teatro Mágico você quiser, se rola um Uno então..opa!
Se você comentar no meu blog, eu também comento no seu, mais que isso: Prometo te ler sempre.
Eu sei que a gente mora na mesma casa, mas a gente quase nunca se vê, se você me emprestar o seu fone, deixo você fazer a bagunça que for no final de semana - comigo junto, é claro!
 (Lembrei de algumas pessoas que ainda ando mensurando a amizade)

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

regreçãO

E a praça ficou às pombas.

Não posso fazer o convite hoje.
Quero muito passar mais tempo com você.
O seu amor me parece obstruído por sua insegurança.
A festa ontem foi maravilhosa,ainda bem que você foi.
Te amo.
Oi.

domingo, 16 de outubro de 2011

"neuróticas indagações sobre a vida"

Coisas que a gente sabe que está faltando e odeia a rotina por não te dar tempo nem a oportunidade de correr atrás, como mais tempo pra ler os livros que estão se acumulando, de ver as amigas que estão amadurecendo sem minha presença, como conversar com estranhos só pra ter certeza que tudo não é só um teatrinho feito pra te deixar sozinha no mundo - como a teoria da conspiração.

Ai ai estas pequenas coisas que deixam minha vida um pouco vazia demais.

(Para )

Porém, se eu tivesse os meios pra chegar aos fins sem ter que passar por todo o processo, será que o sabor seria o mesmo? Teria o mesmo prazer, ou será que isso não faz nem diferença, é tão pequeno que não deveria nem perder tempo me perguntando.

Às vezes acho que as minhas dúvidas e sentimentos são todos roubados, durmo como um copo vazio e acordo com a missão de uma esponja. Todas as vidas são diferentes? Quantas pessoas viveram antes de mim com as mesmas preocupações, todas que giram em torno do meus ponto:
"SOBREVIVÊNCIA, MEU BEM, SOBREVIVÊNCIA E NADA ALÉM."

Por que estar respirando é o importante, estar respirando pra esperar, o trem, o além, o algo a mais, alguém, ou até o "aumento desde o ano passado para o mês que vem".
Queria te contar uma história empolgante, divertida e que falasse de girassóis, chuva, pés em movimento e olhos curiosos.
Você se contentaria hoje só com a chuva e um pouco de sonho? A gente combina de deixar a aventura pra amanhã, tá? Só pra não perder o costume de esperar.

Estou aqui, esperando você se pronunciar.

(Título roubado emprestado da Ana)







quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Duas

Quero chegar em casa para poder sentir minha vida em minha carne de novo,
esqueci ela hoje na cama, ela estava mais preguiçosa do que minha responsabilidade.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Fala Tim!

 "O Brasil é o único país onde prostituta tem orgasmo, cafetão tem ciúme e traficante é viciado"
[...] "E pobre é de direita"
Tim Maia


Sóóóóóóóóóó. [Aquele só longo e brisado de nóia!]

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A bruta flor do querer

Mulher é uma coisa louca.
Quando a gente quer, não quer mais.
Se a gente pedi, depois enjeita.
Ao procurarem, escondemos, ao ignorar...desvendamos.

Quando não se espera nada, surpreendemos, amamos e desamamos.
Amamos de novo.

Música, bronca, choro, abraço, pipoca, bolsa, beijo.

Armadas, maquiadas, no jeans ou longo, desjejum e janta.

Arroz e feijão.
Sol e mar.
Lua e desatino.

Sonho e carne sem osso.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Nessa dança

Nesse salão ontem ela tava aqui, ainda lembro do seu perfume, aquela carinha de quem acabou de sair da toca e um perfume de outono, que não tem pressa de esperar um ano inteiro pela primavera, por saber que a hora é a que se tem agora.

Nessa dança que ela desabrochou, depois tento a morte, antes de vê-la eu era o avulso, o solteirão, o segura vela, mas vi-a  e o mundo em margens plácidas parecia abrir-se ao passo da menina que caminhava em linha reta.
O mundo dividido em águas puras, em vento leve e calmo.

"Vem dançar hoje de novo", convidei-a pela manhã ao encontrar seu olhar perdido na praça da praia, perto do forte.
Um sorriso e um balanço de ombros por resposta.

Não sei se me sigo no otimismo de ela ter sorrido antes de ficar confusa, ou se me apego ao pessimismo dela não ter dito uma palavra.

"Meu Deus me acuda", que esta mulher tá me botando louco, só por causa de uma dança.

Nessa dança que a gente parece flutuar e quer morrer mais tarde só pra poder curtir um pouquinho a atmosfera que envolve ela na madruga.

Meu Santo Antônio me traga esta moça à noite, que última noite de baile da paróquia é última chance, e se ela não me botar aqueles olhos grandes e pedintes de novo hoje, aquela foi a última dança, e aquele baile o último que comentaram que Zé Salseiro se esbaldou.

Na dança que ela desabrochou, depois tento a morte, agora quero mais é sonhar.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Concerto

Toca aquela que eu adoro?

Tchaikovsky.

Um violino?

Uma orquestra?

Uma harmonia?

A Música.

Há.
Música!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Manchete internamente particular

E toda esta umidade, este frio, esta falta de verde e sobra de sono?

Pra onde vai minha humanidade quando mais se precisa dela?

"Não chora, moça, não chora..."

Ou chora que as lágrimas lavam a poluição dos olhos, e as impurezas dos pensamentos negativos que fazem manchinhas na alma.

Minha alma clama, chama e se despedaça na lama.

Nossa, que brincadeira infeliz com as letras L M A ...coitadinhas
Obrigada, moço, por me consolar.
Prometo que hoje o meu espírito está mais calmo que o clima, e o único tremor que faço é dos dentes quando o vento corta a rua.

O amanhã sempre faz nascer novas esperanças

[ou]

As novas esperanças sempre fazem nascer um amanhã.

Não importa quem leva a o quê, o que importa é que continuemos caminhando.

Boa noite.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Ser, estar

Amar não é e nunca foi um verbo que escolhe a dedo o sujeito certo para conjuga-lo.
Todavia, deve lá haver alguma lógica, nem que seja uma daquelas meticulosamente aleatórias, pois até para ser imparcial e em nada previlegiar outrem a fulano, há aí uma arte misteriosa.
O problema é que nem assim ele se deu por satisfeito, não quis ser só um verbo.
O amor.
Foi escrito, falado, ou apenas imaginado um dia por um artigo antes daquele vento avassalador e macio que não tem hora para dar as caras.
O amor.
Pronto.
O que fora verbo, agora se personifica em "O" amor e começa a andar, entre nós, como quem ouve, vê e fala por si só.
Pode?
Bom, se quando ele deu um de caprichoso ninguém lhe puxou a orelha, não vai ser agora que ousaríamos repreende-lo. Não eu, espero que você também não.
Pois é, as coisas amadurecem, nós também amadurecemos, ele não seria diferente.
Quando conheceu o mundo, principalmente nós humanos, ele chorou.
Lágrimas de orvalho.
Quase se arrependeu.
Contudo, como eu disse, amadurecer, não esmorecer, e ele cresceu, um ser superior se tornou.
Deixou de lado o arrependimento e a mágoa e decidiu escolher o suor e a luta cotidiana.
Amar e conhecer o Amor não é conto de fadas, não é fácil, nem tá na moda.

Amar é antigo.
O Amor?

Ahy, isso não, ele é tão jovem quanto você o fizer.

Ame!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

A carta

Olá filha...

O Papai não sabe o que dizer, quer dizer, Eu não sei o que dizer.
Agora que você sabe de tudo fico dividido.
Não queria que o passado, o meu passado, te fizesse sofrer como está fazendo. Não me perdou por isso, e não é o seu perdão que venho pedir.
Na verdade acho que não sei o que quero ao te escrever esta carta.

...

Me peguei pensando em você, sua mãe... este final de semana, por um breve momento achei que era você batendo à porta pra me dar um "feliz dia dos pais", ou melhor, um simples abraço e abrir aquele sorriso que só você e seu irmão tinham.

Mas ele não pode mais sorrir, e isso levou o nosso sorriso embora também.

Filha eu, só desejo toda noite não sonhar com os nossos últimos 3 meses, sei que é muito difícil pra você ainda me olhar nos olhos, impossível. Na verdade você não me olha a mais de um ano, mas eu queria poder te dizer em palavras todo o sentimentos que meus olhos me revelam no espelho, muitas já foram as perdas, gostaria de ganhar algo nem que pequeno pra começar a compensar, o que tenho levado ultimamente não é vida, é tormento, é o real inferno.

Espero que não sinta pena de mim, não é esta a inteção, eu só quero ouvir tua voz, conhecer meu neto e te dizer que, apesar do mundo falar, gritar, espernear por minha culpa,
Filha...

Nós dois sabemos que foi um acidente.
Não só meu, mas um acidente do acaso pra destruir a minha vida.
Só me restou você, não me tire isso também, já não suporto.

Seu Pai

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

é?

Diria que ele tem razão, aliás, nunca o ouvi dizer uma bobagem ou mentira. Se bem que ele fala pouco. O negócio dele é olhar, observar, se alimentar das cores e formas. Ele comeu primeiro com os olhos antes de saborear arfante o colostro. Sabia que eu não olho ele nos olhos? Dizem que são castanhos com uns raiozinhos amarelados, como é mesmo que chamam? Isso mesmo, olhos cor de mel. Han. Até parece piada, um homem bruto daquele com "olhos cor de mel". Eu diria que ele não tem nada de doce. Como por quê? A quanto tempo você o conhece mesmo? Pois é, eu já perdi a conta dos anos. Não, não, ele não tem mais de sessenta, não ainda. Mas pelo menos ele viveu tudo que quis, tudo e todas, não é mesmo? Risadas-Ciúmes? De quem? Dele? Jamais, a gente não tem essas coisas quando se está na minha situação, é um relacionamento que ultrapassa o que chamam de "normal" por aí, não, não, não é profissional, é mais assim, diria que é um relacionamento de psico-sobrevivência. Como assim, não entendeu? Eu sou sua musa inspiradora, ele me decifra a mais ou menos um século e a cada dia eu lhe mostro que seu trabalho não está findo, e ele é meu preferido, vivo pra agrada-lo ao berrar com ele, porque é isso que ele faz comigo, me aborrece e ele adora. Não, não é complicado, só é transparente. Sexo? Ah! Tem certeza que você está perguntando isso? Eu posso te garantir que ainda sei onde tudo começa e termina. O que tem no meio também..é o mais importante. Não, já mudou de assunto? Ficou encabulado com o nosso sexo? Ah, claro, perdão a entrevista é sua não minha, aliás, deixa eu só perguntar uma coisa, isso ainda demora?

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Fragmentando o pensamento

Um dia quero crescer e aprender a transformar arrependimentos em lembranças abstratas em meio a todas as realizações inesperadas.

Um dia quero crescer e saber escrever palavras que façam sentido e a sentir coisas que eu saiba o nome.

Uma noite quero dormir e sonhar com respostas que nunca foram procuradas por olhos medrosos em meio a chuva forte da floresta escura e fechada.

Num lugar onde as letras não fazem som e os olhos realizam sinapses constantes e prolongadas, eu gostaria de ser uma janela e um rádio.

Já te disse que lá em casa a geladeira sempre está ligada independente do que tem dentro? Alguns a chamam de esperança eu diria que é mais a teimosia humana que sempre insiste no que não deve e dá crédito ao incrédulo.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

reflexo

O espelho é um amontoado de moléculas inorgânicas, que refletem outro amontoado de moléculas, agora orgânicas.

Onde afinal cabe a vaidade?

"Na sua cabecinha pequena, oras!"

domingo, 3 de julho de 2011

Rotina 2

Dormir, acordar, sair.
Os "homi" jogando o jogo - como disse o Galvão (babaca).
O rock rolando no ar como um ronco desesperado em busca de libertação,
um grito por rebeldia.
Uma visita de médico.
Um encontro relâmpago.
Beijos demorados..
interrompidos.
Falta de gente em falta.
Sobra de tempo..
Sobra de sono.
Sonhar todo dia dá um ar de mistura de fantasia e realidade. Estranho.
Ressaca de não ver a cor do sol.
Não bebi, não consegui.

Usar óculos dentro de casa, embaça-lo com o vapor da comida quente.
Arrumação, faxina, bagunça.
Cansaço.
Sair, chegar, ir, voltar. Dormir e acordar.
Nada termina, porque nada começa simplismente.

Ps: Ainda tô desempregada, se alguém tiver um contato numa empresa farmacêutica...já sabe!

sábado, 25 de junho de 2011

Crise

Ela me agarrou ontem, não sei se já durante o sono, ou assim que levantei.
Acho que na realidade ela foi consequencia de uma coisa muito boa que acordou comigo:
vontade de viver e dividir isso com pessoas que gosto!
Daí iniciou todo o meu processo, não tinha quem ligar pra dividir isso...
Apoderou-se de mim um sentimento de solidão no mundo e ingratidão por parte de quem eu sempre atendi um pedido de "vamos sair hoje..."
Porque eu não acordei com vontade de planos, mas de ações...coisa que ultimamente ver-se nas mãos de poucos.

Eu queria pra aquele momento, curtir aquilo naquele momento e só.
Sair pra ver a rua, jogar palavras fora. Nada demais.

Mas...nada disso.
Então o dia 24 de junho será pra sempre lembrado como o dia da crise.

Usaremos roxo, e beberemos em nome da ausência de quem (não) faz falta!!!

Ps: Obrigada a você que me lê em todos os meus atos e pensamentos não  falados.
Obrigada por fazer todas as minhas loucuras virarem festa e minhas crises feriados!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Rotina 1

"aparece e conta aqui como vao as coisas, do jeito q só vc sabe contar" > Cac

"Meu caro amigo me perdoi por favor, se não lhe faço uma visita,
mas logo agora apareceu um portador,
trago notícias nesta fita"
Chico Buarque

Ah, como vão as coisas? Humm, pergunta interessante!
Como vai pode significar a que pé vão, em que vão, para onde se encaminham, porque se locomovem, com quem se dirigem, ou tudo isso ao mesmo tempo.

Minha cara amiga, lhe digo que a coisa aqui tá preta.
Faz frio, de vez em quando um solzinho aqui, outro ali.
Muitas obrigações que a gente faz obrigado. Sem de nada!
Muita preguiça pra continuar subindo a ladeira, que se parar as coisas não rolam, ou rolam mesmo morro a baixo.
Morro de vontade de mar, chuva é pouca, mas a água é muita que é pra hidratar, suspeita de pedras nos rins, e acabando de fazer 21...não 60. Imagine você!
O dinheiro não ganhou pés nem asas, virou mutante e tornou-se invisível.
Vi o filme dos mutantes na primeira classe. Legal, mas prefiro o mal humor do Wolverine.
Tô desempregada e sem assunto.
Então termino isso depois, não se preocupe...se tem uma coisa que não tem fim é a rotina.

Como disse um sábio num filme idiota:

"É um cílculo!!!"


terça-feira, 31 de maio de 2011

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Afinal

Já chorei muitos rios.

Rios de água doce,
Rios de água de beber,
Rios de gás,
Rio de águas salgadas.

Minhas lágrimas evaporaram, foram pro céu como preces. Tornaram-se cristaezinhos de gelo. Daqui de baixo ver-se como núvens brancas gasosas, doces e suaves.
Lá no céu dançam as núvens que já foram lágrimas a serpentinar meu rosto.

Já sorri muitos sóis.

Sol de verão iluminado.
Sol de tarde laranja.
Sóis de dias praieiros.
Sol de noites quentes.

Os sorrisos que me iluminam o rosto ilumina também o teu.
Assim como o meu é sol, o teu é mar, e no reflexo faz a confusão de quem afinal achou graça primeiro.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

só pros íntimos

Dias sem fim

pra quem não dorme

Passa-se o dia sonolento

quando o desejo é cama

Literalmente!!!

[hahahaha - piadinha interna, L-I-T-E-R-A-L-M-E-N-T-E-!]

terça-feira, 12 de abril de 2011

número de gêneros

Fecho os olhos que dói

Numa festas dentro de uma vontade grandes!

Eu sou muitos

Somos quem responde e quems pergunta!

Adoro ss, eu disse: éssis!

qual é o plural de s?

Quem é o singular de mim, já que carrego muitos. [?]

quarta-feira, 30 de março de 2011

Alguma coisa sem nome

A vida sendo medida em meias horas.
E é a roupa que não foi lavada, e é o cachorrinho que não tive na infância, aquele namoradinho que não foi correspondido e os amores de verão passados.

São as migalhas de pão no parque, no chão, no bico do ganso.

Todas as tardes embaixo da mangueira, no vai e vem da rede do vô.
A sopa de feijão, macarrão e carne. O pirão no meio dia com arroz e a suadeira.

Todas as folhas preenchidas, rasgadas, guardadas, enviadas e respondidas.

Eu sou um amontoado de lembranças ou de projetos?
E aquilo realmente aconteceu, acontecerá?

Às vezes é tão difícil distinguir um rato de um elefante que a gente se perde dentro de nossos próprios labirintos.
Não quero chegar no meio achando que já é o final e desistir antes de ver o verde do litoral.
O real é tão surreal quanto meus sonhos. Quanto teus sonhos.
A vida não pode ser só um amontoado de recordações e planos,
o algo a mais você me mostra?!

segunda-feira, 21 de março de 2011

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Típico

Uma brasileira típica, chegada na breja gelaaaada. Se balança num sambinha macio, se distrai com uma piada bem contada e adora feijão.

Pra agradar é só oferecer um bom sol temperado por sorvete de fruta, ou pode ser só a fruta.

O tipo de moça que não é qualquer um que desfruta, aquela que se balança só pra provocar.

Uma coisinha fora do padrão, porque o padrão foi deteriorado pelos homens do norte, não os da terrinha, o norte mais alto do mapa indo em linha reta!

Daquelas que antigamente se debruçava na janela e hoje a janela que mais vê é a do msn, mas não troca isso por um cara-a-cara.
E falando na fala dela...
Conversa é papo de perder tempo, claro, muuito tempo, recheado com boas risadas, que isso não falta nunca!

Ela, se você tá achando que não conhece, é uma daquelas que todo mundo chama de amiga, mas que no final se apaixona , porque ela é simplesmente:

I-R-R-E-S-I-S-T-Í-V-E-L!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

E depois das [vagabundagens das] férias

As coisas começam a correr, e se você não vai atrás fica atrasado.

Curti tanto ficar sem fazer nada no meu ócio tedioso, ou no meu tédio ocioso, que estou meio perdida.

Se alguém me encontrar em alguma esquina por aí, ou numa mesa de boteco, manda eu volta pra vida [real] universitária, porque se não o bixo vai pegar.


Ps: Qualquer semelhança com minha realidade é mera coincidência!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

My Formspring VI

"O que se deve fazer quando a inspiração está em falta na prateleira?"

"Dã-an, procura debaixo da cama, está tudo lá, bobinho!"

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Dois corações, um poema

Quando a tarde fica cheia de ausência
Nossos olhos se enchem de carência
E eu já cansada de chamar teu nome
Não me aguentando, mas você some

Quero me achar onde você se esconde
Sem mais me preocupar em ti procurar no horizonte
Quero fazer-te meu refúgio, meu abrigo
Onde posso deixar meu coração sem perigo
Onde cada segundo flutua como um dia
A cada momento que passar vou sentir nossa alegria
Como cada beijo que te empresto pra fazer-te companhia

Já que não estás aqui para eu ti beijar como gostaria
Apenas te guardo como um tesouro sagrado
Pois não existe eu sem você meu, quero estar ao seu lado
Quero o aroma dos seus cabelos, o macio da tua pele
E ao escutar sua voz, farei o que me pede
Afinal, foi este sorriso que conquistou esse coração
E misturando esse seu você de ser me deixou sem ação
  
Tem coisas que somente sua presença faz
Como este meu coração ficar em paz

Nathi e Leão

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Summer IV - Toda a história por trás do Verão

"Perdão, me desculpe!"

Bom, tudo começou a muito tempo. Mas o tempo que importa nesta história é o ano passado.
O ano passado não foi apenas mais um calendário, que você vai arrancando pagininhas e esquecendo do que aconteceu ontem na mesma velocidade com que planeja mais um amanhã sem emoção. Ah! Com certeza emoção foi o que não faltou no ano passado, e como ela já virou passado, falar de toda aquela emoção no passado, vai por mim, é muito melhor do que senti-la novamente, não tudo, algumas partes eu reviveria com certeza, mas eu disse "algumas partes".

Vamos começar do começo, é janeiro, estou no final das minhas férias, uma cidade linda, uma praia maravilhosa, amigos novos, uma festa, um beijo...seis dias e uma paixão que me machucou por quase seis meses. Daí você imagina o resto do meu primeiro semestre. E você me pergunta, "foi bom?" O quê? Foi muito bom, ele é muito legal, a gente se deu bem algumas vezes, outras eu queria matá-lo...mas como a distância não permitiu, dizem que ele ainda anda por aí. A gente não se viu de novo depois daquele verão e nos falamos raramente, pra não falar nunca. Mas a gente não era pra ser, e eu resolvi conhecer gente nova no final dos meus dezenove anos. Então em maio, mais ou menos, eu sai muito, queria fugir de casa, porque lá passei muitas horas que pensava nele, e porque o clima dentro de casa não estava cheirando bem. Previa tempestade e não deu outra. As férias de meio de ano chegaram e eu não consegui viajar, fiquei na cidade e fiquei com alguns meninos, alguns bem meninos mesmo. Passava os dias fugindo do caos que se apoderava de casa e as noites tentando esquecer dos dias, uma hora com um menino, outras sozinha com as amigas dando risada umas das outras, e rolando muita música e pouca realidade eu fui levando um mês. As aulas começaram, mas eu não voltei a cabeça pra faculdade, a última coisa que queria era um banho de realidade, então continue saindo. Dormindo na casa das meninas, pra fugir da minha. Aí, sem querer, numa noite de sexta-feira, depois de uma dobradinha terrível da bendita matéria que mais tarde pegaria DP, eu o revi. Ele estava lindo e sorridente como lembrava, mas eu mal o conhecia, talvez tenha trocado dois ois até aquele dia. Ele é amigo de uma amiga, e eu só estava no lugar certo na hora certa, num plano realizado por tantas coincidência que parecia mentira. Não seria possível, logo agora. Logo agora que minha cabeça tá uma droga, que minha família está se separando em trincheiras diferentes, logo agora que eu tô tão vazia e sem nada a oferecer, se você entrar não terá chá hoje, a casa está fechada, desculpe. Mas eu sou assim, não consegui afastá-lo, e no outro dia a gente se viu, ai menina teimosa, você sabe que não tem nada a oferecer, mas por que não consegue ir embora? Já são dez horas da noite, suas amigas te chamaram pra uma balada, ele tem que ir ver uns amigos, é a chance de você ir embora, a nossa amiga em comum também já foi embora, é a hora, vai! Eu não fui, ele não me deixa ir embora quando sorri e me olha daquele jeito, droga, não agora, não pode ser. Foi! Depois de um beijo, que veio depois de algumas tentativas dele frustradas, eu sabia que já era tarde demais, que já tinha passado a chance de não me envolver e que eu não tinha escolha, ele era o escolhido. Foi uma noite maravilhosa com os amigos dele e muita música boa e muitas garrafinhas de água, e muito álcool, na veia dos outros, e muita risada de nós nos conhecendo, e tantas coisas que nossos olhos nos diziam "você também? que coincidência!". Mas, eu voltei pra casa, e de repente eu percebi que não adiantava mais fugir, aquele barco era meu, pra onde ir? Pra onde não ir? E perguntas muito mais complexas vieram, e palavras muito mais torturantes foram ditas e ouvidas. A bomba maldita foi implodida, mas apesar do campo ter sido apenas quatro corações, o estrago foi incalculável. Noites de choro silencioso, refeições solitárias, dias sem "Bom dias", noites sem o sagrado beijo de "Boa noite". E eu perdendo aos pouquinhos a fé no amor, a alegria, a esperança. Eu perdendo aos pouquinhos a sensação de lar. Bom, dizem que a esperança é a última que morre, talvez seja verdade, este tempo todo esperava um dia melhor amanhã. O amanhã era só mais um dia, e os dias em casa eram raros, a faculdade estava pegando eles em troca de pontos nas provas e com isso minha promoção para o próximo semestre. Mas o tempo foi passando e a tempestade no meu lar durou, minha mãe se ausentou e isso foi duro pra mim. Depois minha irmã também deu a sua saída, e ficamos eu e meu pai. 
No começo pura isolação, cada um na sua. Bom, as feridas abertas doem e atraem moscas, ninguém quer outro se metendo com elas. E este tempo todo eu e o moço do beijo não conseguíamos mais nos separarmos, ele segurou minha mão quando eu sorri, quando eu chorei, quando eu gritei, quando eu não tive palavras. Ele e seus olhos brincalhões, ele e seu sorriso reluzente, ele e seus abraços apertados. E foi um paraíso no meio do meu deserto, foi o amor querendo nascer onde alguma coisa em mim estava morrendo e começando a feder. Uma coisa sem sentido algum, algo que não sei explicar, simplesmente aconteceu. A gente aconteceu. E eu fiquei, fico e ainda vou ficar muito feliz por isso! 

Enfim, o tempo passou, as férias de verão chegaram novamente, e o tempo começou a sobrar...e eu fui pesando fatos, palavras, acontecimentos, sentimentos, dores, alegrias, valores, atos.
O tempo sempre passa, e todo mundo já escutou que "o tempo a tudo cura". Está me curando, estou aprendendo a perdoar, estou me dando conta dos meus próprios atos, dos meus próprios erros, minhas palavras más, meus julgamentos, meus enormes preconceitos, minhas mentiras, e tudo mais que me torna uma mísera humana corruptível.
Não sou e nunca fui melhor que ninguém, meus olhos têm mudado depois de ter feito esta maravilhosa descoberta!
Muitas coisas são simples, depois que você resolve não complica-las.
Então, por tudo isso, me perdoe, eu sei que errei, mas se algum dia você conseguir abrir o seu coração, mesmo não entendendo o meu, me perdoe!
Porque eu te perdoei.