domingo, 19 de dezembro de 2010

Desejos ilimitados

1º de dezembro de 2010

O meu peito tem transbordado controversicamente.
Morro de amor e saudades.
Morro de rancores e indiferenças.
Desejo ausência do presente,
e presença do ausente.
O meu peito transborda involuntariamente.
Quero sem "oras" e "poréns",
quero o tempo, os recomeços, os meios e a juventude.
Quero aprender com o silêncio a falar o que convém.
Quero poder fechar os olhos para enxergar o que tem além.
Quero ler as pessoas e escrever as palavras.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Clima de veraneio

Quando você me disse vem, eu perguntei pra onde.
Você não respondeu com palavras, apenas me estendeu a mão e olhou o meu íntimo.
Eu confiei em você, mesmo sem saber a sua cor preferida,
nem o nome do seu amigo mais antigo.
Eu confiei em você e em todas suas promessas silenciosas.
Eu confiei em você e na força do seu abraço e no doce do seu beijo.
Então de mãos dadas passamos por um bosque.
O bosque era lindo, maravilhosamente colorido.
Até que a trilha findou e veio uma chuva muito grande e aparentemente repentina.
Engraçado, por que será que a núvem só está encima de mim, mas ambos estamos molhados? Eu perguntei, e você com tremenda calma disse:
"O que lhe toca, também a mim toca, o que lhe afligue, também a mim afligue, esta chuva que lhe molha, também me molha."
E eu pensei em te deixar sozinho e esperar a chuva passar para que você não se molhasse e assim não apanhasse um resfriado. Mas eu não pude, só conseguia te abraçar.
E este abraço durou toda a tempestade, até que ela regrediu a uma fina garoa e nós respiramos aliviados por um tempo.
Às vezes a garoa parece querer amadurecer em chuva novamente, mas então nós miramos nossos olhos e nos esquecemos da presença da núvem. Nos esquecemos da presença das árvores. Nos esquecemos de todo o alheio a nós.
Não sabemos qual a previsão do tempo pra amanhã, mas eu confio. Ao apertar a minha mão você me diz mais uma vez que o que importa é estarmos lado a lado.

domingo, 28 de novembro de 2010

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Carta III

Ando falando pouco.
Acho que é porque cansei de você não me ouvir.
Sabe, esta situação me deixa triste.
À noite, quando vou dormir e o mundo fica um pouco mais silencioso, eu escuto meu peito gemer.
Nossa vida foi sempre uma mentira?
Minha vida foi sempre um mentira?
Triste pensar que talvez sim.

Tristeza é uma boa palavra pra expressar este momento.
Um dia me falaram que a vida é o que a gente faz dela, o que você fez da minha?

Só queria mesmo saber se você sente a minha falta, assim como sinto de você.

Mas por orgulho ou por proteção, talvez um orgulho protetor, eu não dou o braço a torcer.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Ainda bem...

Ontem passando na banca vi [quase] todas as revistas com a cara da Dilma.
Opa, quer dizer, "Presidente eleita Dilma".

Tentei achar o lado bom nisso.

[...][eu tentando]


[...][eu ainda tentando]


Ah!

Ainda bem que eram quase todas, as do tipo "VIPY" e "PLEIBOI" se salvaram.

UFA!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Valorizado

Cansaço mental é igual dia de chuva no feriado.
Dia de chuva com goteira bem na sua cara, quando você tava pegando aquela soneca no sofá da sala.
Aí a goteira se multiplicou, sempre pingando no seu nariz...
A casa tá ficando toda cheia de água e você passa ao segundo andar, pensando "Graças a Deus existem sobrados..."
Mas aí, você percebe que as goteiras que estavam no primeiro andar é porque o segundo também tá alagado.
E no meio de tanta água e aquela agonia, "Pô, o mundo acabando de seca por aí e eu aqui com este rio dentro de casa..." você vê que a chuva passou faz tempo,"Mas, de onde tá vindo todo esse aguaceiro?" Começa então a busca à fonte. Olhou trezentas vezes em todos os cantos, até debaixo da cama, encima do armário...na geladeira "Por que a gente sempre procura tudo dentro da geladeira?" Nada!
"Putz, que merda!"
A hora de você dormir tá chegando, e amanhã tem aula, e tinha que ter feito um relatório e uma prova...tinha que ter estudado, e...esqueceu até de aproveitar o feriado, mas o feriado não era de 4 dias, porque já acabou? "Ué, a chuva durou tanto assim?"
Daí você se dá conta...não tem nada pingando, não tem cano quebrado, não tem chuva, não tem água...é seu coração. Ele tem inundado todo o chão pelo qual corre teus passos.

Quando algo te incomoda aqui dentro, algo que brota, não adianta feriado, não adianta dia de chuva, ou sol...nem compromissos, tudo perde o valor, porque o valor sou eu quem dá.

Não quero mais dar valor a você...peito molhado de passado.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Morte à vida severina!

Esta cova em que estás, com palmos medida
É a conta menor que tiraste em vida



É de bom tamanho, nem largo, nem fundo
É a parte que te cabe deste latifúndio

Não é cova grande, é cova medida
É a terra que querias ver dividida



É uma cova grande pra teu pouco defunto
Mas estarás mais ancho que estavas no mundo



É uma cova grande pra teu defunto parco
Porém mais que no mundo, te sentirás largo

É uma cova grande pra tua carne pouca
Mas à terra dada nao se abre a boca



É a conta menor que tiraste em vida



É a parte que te cabe deste latifúndio
(É a terra que querias ver dividida)



Estarás mais ancho que estavas no mundo
Mas à terra dada nao se abre a boca

Morte e vida severina - Chico Buarque de Hollanda sobre o poema de João Cabral de Mello Neto

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Carta II

Oi.
Bom, não sei bem o que dizer, é que a gente se conhece a tão pouco tempo e sua importância na minha vida cresceu tão rápido, que é meio estranho esta intimidade que existe meio do nada.
Enfim, não foi pra filosofar que eu resolvi te escrever.
Mas, peraí, pra quê foi mesmo?
Droga, eu sempre perco o foco quando mais preciso dele.

Olha, não devia ser nada sério, porque quando a coisa é séria a gente fica roendo as unhas um dia todo e conversa com aquela cara de comadre, os olhos esbugalhados e meio mareados, com a boca trêmula e um pensamento fixado naquilo.

Não, definitivamente não estou assim. Estou em paz. No mais simples e puro sentido que a paz possa representar!
A muito não sabia o que era isso, tive uma turbulência das 'brabas', depois um oco, depois um sonho e daí você me acordou com um beijo.
Talvez não tenha sido assim mesmo, talves eu esteja com sono ainda, mas obrigada. Ah, era isso...

Só queria mesmo agradecer o passeio de ontem, a paciência com meu silêncio e os teus olhos carinhosos.

Beijo

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Carta

Ai, acho que a vida sempre foi mesmo cheia de uma certa bagunça. Mas esta sempre foi pelo menos 'certa'.
Hoje, desde de algum tempo, [talvez mais do que eu imaginava e contava] a bagunça virou um furacão e deixou a casa de pernas pro ar, tirou minhas pernas e colocou na cabeça, cabeça que anda cheia de caraminhocas, e atou todas as minhas milhares mãos.

Estou num labirinto, e não achei o fauno pra me ajudar a resolver os problemas. Talvez os faunos sejam mais espertos do que eu e estejam falando numa linguagem incompreenssível. Sempre fui pouco dada a fantasia mesmo.

Mas, e as coisas que não deveriam estar jogadas pela sala, pelo quarto, o banheiro por lavar o azulejo? O que faço com os compromissos a muito adiados pra o dia de São Luís da Cuca Fresca? A cuca dele é que é fresca, a minha está torrando, e eu não gosto disso.
Gosto é de liberdade, de simplicidade, de [quando quiser mais emoção] criar os meus próprios problemas, aqueles que sei resolver, só pra quebrar a rotina.

Se é pra ser assim, tudo bem, foi você quem pediu, eu vou embora.
Vou cuidar de mim e de quem eu acho que merece atenção.
Vou plantar meu próprio coentro e a hortelã, porque um cházinho de vez enquando é bom.
Vou ler meus livros e os dos outros que quiserem me emprestar.
Ouvir música, porque assim o caos se deteriora aqui dentro.
E fazer umas viagens de vez enquando...

Ah, fica tranquilo, com o tempo minhas contas vão deixar de chegar no teu endereço.

Uma hora a gente cresce, eu sei, eu também cresci, mas a hora que a gente se separa, esta é que eu achei que ia demorar mais um pouquinho, pena que me enganei.

Tchau, tudo foi o melhor possível, enquanto durou, tento acreditar. Quando quiser e se der, vem tomar um chá comigo, a hortelã vai estar plantada, até você tomar sua atitude ela vai estar bem grandinha.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

More than words

Saying 'I Love you'
Is not the words I want to hear from you
It's not that I want you not to say
But if you only knew
How easy it would be to show me how you feel

More than words
Is all you have to do to make it real
Then you wouldn't have to say
That you love me 'cause I'd already know

What would you do if my heart was torn in two?

More than words to show you feel
That your love for me is real

What would you say if I took those words away?

Then you couldn't make things new
Just by saying 'I love you'

More than words

Now that I've tried to
Talk to you and make you understand
All you have to do is
Close your eyes and just reach out your hands
And touch me, hold me close
Don't ever let me go

More than words
Is all I ever needed you to show
Then you wouldn't have to say
That you love me 'cause I'd already know

What would you do if my heart was torn in two?

More than words to show you feel
That your love for me is real

What would you say if I took those words away?

Then you couldn't make things new
Just by saying 'I love you'.

Extreme

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

ai,ai,ai!

Tô puta, não sei em quem vou votar...!

Não tem nem opção!

Ferrou-se, mais uma vez, e o pior é que são por mais 4 anos. Ai!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

E na segunda...

Os finais de semana andam estranhamente curtos.
Muita coisa pra fazer, muita coisa que quero fazer, um sábado que parece uma semana, mas que quando chega o domingo...já era o final de semana, DE NOVO!

Como é que eu dava conta de estudar no semestre passado?

Ah! é...eu tinha minhas tardes livres.

Com o horário cheio até o gargalo fica tenso organizar tudo.
Tem hora que parece que o relógio vai explodir e dá uma baita risada de mim, mas ele só continua correndo.

Um verdadeiro maratonista inválido e esperançoso que nunca se sacia.
Como eu nos meus finais de semana.

Insaciável!

Ps: Gente eu não ando respondendo os comentários porque falar do meu coraçãozinho que anda alegre é meio constrangedor, já basta quem olha e diz: "AAAhhh!"...entendem né?! Mas adoro ver os comentários de vocês, SEMPRE!!! Beijo grande [a todos!]

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

os olhos

Não me deixe só,
Tenho desejos maiores,
Eu quero beijos intermináveis,
Até que os olhos mudem de cor...

Vanessa da mata

E eles mudam.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Sintomas

Tô com sintomas, ai meu deus, será?!

De novo?

Não sei se eu posso, se devo, se quero...

Bom, talvez eu quero, queira muito, queira mais do que deveria...mas aí eu já não posso medir.

domingo, 29 de agosto de 2010

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Umas semanas atrás aí meu primo comentou:
"Cê tá que tá...menina!"

Sei lá porque danado.

Mas hoje eu tô assim assim...

Sábado, tava que tava, quinta que vem, eu fico que fico.
Sexta a gente vai que vai. Domingo, fui que fui.

Mas hoje, eu só tô assim assim.

sábado, 14 de agosto de 2010

Disk-declaração-de-amor-com-coraçõezinhos-nos-is

Li um texto da Ná e fiquei toda derretida com as palavras, ler-se derretida = chorei.
Então resolvi declarar meu amor também, a todos que lembrar que me fazem feliz e me ensinam, cada um do seu modo, cada um na sua intensidade, cada um na sua época.
Ps: Se você não tá aqui...espero que não leia!

Amo ter minha mãe pela sua força silenciosa, seu poder invisível e suas palavras que nascem em anos.
Amo ter meu pai porque a gente é tão parecido que um quase mata um ao outro todo dia, ele nos estresses eu as TPM, a gente vai aprendendo com cada "conversa".
Amo minha irmã porque ela é e sempre foi a única amiga que ia pra toda cidade que eu morei, além de ser linda!

Amigos:[não é por ordem de importância...NÃO ME COMPROMETAM!]

Amo a Yumi e o jeito dela sempre vê o lado bom, sua força e capacidade, mesmo quando ela acha que não tem.
Amo a Sarinhah e nossa total compatibilidade, incrível!"Me segue que eu tenho um plano."
Amo a Gabi com seu tom meigo e sua personalidade forte.
Amo a Ná e seu mundo romântico, sua cabecinha nas núvens e ás vezes, o pé no chão.
Amo o Rafa e todas as nossas risadas, conversas sérias e de longe, as melhores piadas!
Amo a Má e todas as suas caretas e gargalhadas que sempre colorem o dia, independente do clima, dentro e fora de casa.
Amo a Rê e seu humor azedinho que não consegue negar seu coração que transborda carinho.
Amo a  Paulinha e sua forma alternativa de ver e fazer a vida.
Amo João Gilberto e toda sua sabedoria e talento.
Amo a Dri e todas as nossas loucuras badaladas.
Amo Arthur e a sua ingênua maneira de fazer as coisas, e sempre consegue me fazer sentir bem.
Amo a Laurinha e sua melodia, sua maneira gentil e sua força.
Amo o Rodrigo e toda a sua filosofia e paixão.
Amo a Thalita e nossa compreensão múltipla.
Amo Gustavo e todas as suas certezas,e as incertezas que podem existir.
Amo a Raquel e nossos encontros e desencontros.
Amo Yuri e todos os seus olhares, com ou sem caja+skyy.

Amo ter quem amar, seja aqui e agora, seja lá e ontem, seja acolá e amanhã.

" O nosso amor a gente inventa..."

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Nutrição do meio-dia

Horário do almoço, pulo do laboratório, ligo a cobrar e ele retorna.
"Nathi, já sai da aula"
"Me encontra na esquina da x com a y"
"Beleza"

[Adoro amigo homem, posso falar a merda que for que ele ri, olha pro céu e agradece a Deus os meus comentários e ainda faz aquela cara e termina com um "Yeah, Baby!"]

Boteco, dois comerciais de filé de frango e um endereço meio ambíguo.

Então eu solta aquela que vai fazer ele ri e quase engasgar com arroz:

" Nossa, tô gostando de comer aqui na Augusta...e é barato né?!"

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Vinho

E quando eu bebo um vinho, Ah!

Quero mais,
mais música, mais perto, mais olhares.

Depois quero menos,
menos barulho, menos olhos abertos, menos boca falando.

O vinho mexe comigo.
Você mexe comigo.

Agora vocês dois juntos, aí é uma verdadeira valsa.
Ou melhor, forró.
Dois prá lá e dois pra cá.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Lenine e ponto.

Pernambucano.
Cabeludo.
Canta como ele, toca como ninguém e me encanta como poucos.

Lenine.

E um nome, uma palavra que nunca ouvi traduz uma arte que nunca escutei.

Ontem, Lenine, não só meus ouvidos foram seus, mas meu coração também.

Obrigada!
Principalemente pelo[S] bis[S]


                                                 (by Google)

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Segredo

E quando eu tenho uma boa notícia.
Boa nada, bom é saber que o pão tava quentinho, uma ÓTIMA NOTÍCIA.
E, vem você e diz que não posso contar.

Mas o que eu queria não era contar, era espalhar!

Esparramar!
Extravasar!
Transbordar tudo e toda a minha alegria ao mundo.
Mas tenho que conter, como amante, como espião, como mãe solteira.

E você com sua pressão psicológica consegue estragar tudo e toda a minha alegria.

Segredo, sussurro, meia-luz, meia-verdade.

Se você não entender que meu nome é Verdade e minha sombra é a Sinceridade, em meio minuto vai compreender outra coisa.

E notará sozinho.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Dia do Paciente

ou vai dizer que ser amigo não é ter a maior paciência do mundo?!
Ser amigo é realmente uma ciência!
Aturar momentos de brisa e filosofias baratas, momentos de ressaca, de coração partido, de falta de grana, de falta de horas de estudo, de sobra de desajuizamento.

Ter que ouvir coisas que você sozinho nunca sonharia nem metade. Fazer loucuras que sozinho não teria coragem. Dizer besteiras que sozinho não ousaria. Ou seja, descobrir um você que sozinho não saberia que existe.

Tenho amigos que me fazem me descobrir, diria que cada amigo um pedacinho diferente.
Sou grata a vocês por isso.

Amo-vos!

Aturem-me...por favor.
E Deus lhe dêem paciência.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

O bêbo da perua

"Eu bebo sim
Eu tô vivendo
Tem gente que não bebe
E tá morrendo"
Velhas Virgens

O pior de beber é não saber terminar. Tem gente que bebe e fica legal, tem gente que bebe por não estar legal, mas tem quem nem bebendo fica legal.
Bêbado, independente do credo e da região em que se encontra, é tudo uma figura inusitada.
Um dia desses a minha tia me contou a história de um bêbo no busão.
Ai, quase me mijo de tanto ri. O triste já estava naquele estado de trocar as pernas e a mulher, esta por um acaso vinha acompanhando-o.
Os dois, pra lá de piraporinha, na perua do Parque Florestal, uma par de gente com bota suja de barro na perua e os dois na maior discussão. Ela queria descer no ponto de casa pra os dois comerem juntos uma marmita que compraram a uns minutos ou horas antes do ocorrido.
Ele não, "vou descer no buteco do Zé". "Não me segura, mulher!" "Vem velho, vamos pra casa!" "Vou beber, que eu ainda tô bom demais, quero ficar melhor!"

Discussão de bêbado e mulher não se mete o caneco.

Ele desceu no buteco, ela ficou reclamando dele no busão.
Mas como toda história que se preze, um gaiato grita no final:
"Êh mulher, eu deço contigo e a gente come esta marmita, Basta!"

terça-feira, 13 de julho de 2010

Rock and Roll

Bom, como todo mundo não podia deixar passar este dia em branco. Black!!!

13 de julho, dia do Rock and Roll.

A todos que já tocaram, cantaram, revolucionaram, compuseram, dançaram, sentiram, VIVERAM!

Amo a maneira como os roqueiros tem horas que parecem alheios e tão presentes, eternas contradições!!!

Aí vai uma homenagem a uma pessoa muito importante na história do nosso rock!


Rita Lee
[deixem suas homenagens!]

segunda-feira, 12 de julho de 2010

fim de copa

Pela terceira vez a Holanda ficou em segundo e eu me pergunto:

Será que é sempre tão frustante saber que um chute, uma palavra, uma atitude, um texto, uma iniciativa, separa os campeões dos perdedores?

É justo? Será que eram mesmo os Espanhóis os melhores?

Bom...

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Pro escambáu com a Amélia!

"Ai meu Deus que saudade da Amélia
Aquilo sim que era mulher
Às vezes passava fome ao meu lado
E achava bonito não ter o que comer
 
[...]
 
Amélia não tinha a menor vaidade
Amélia que era a mulher de verdade."

Ataulfo Alves / Mário Lago
Ouvindo rádio, vem estação, vai estação...vem clássico, vai clássico, topei com este hoje.
Não quero aqui meter bronca nos queridos compositores, a arte é auto-suficiente, se basta e ponto. O problema é que a música me fez lembrar dos caras que cantariam de pulmões abertos esta melodia e fariam de sua letra um hino. Machistas!!!

Ai como eu odeio aqueles caras que te olham de cima e só faltam perguntar como é a "vida de inseto", morram!

Mas essa revolta não está direcionada só a eles não. Na maioria das vezes eles são vítimas de mães machistas.  O quê? Mulher machista?
Hahahaha!!!
Se você não sabia disso tem que conhecer a cidade natal dos meus pais. O berço da minha família toda é impregnado pelo machismo. Até hoje eu não sei quem são mais machistas, os homens ou as mulheres de lá. Porque elas criam os meninos como mini-deuses e as meninas como escravinhas. Me poupe! Puta merda!

Bom, superando isso e fechando meu desabafo de hoje, fica a dica:

Quando abrir a porta do carro, ou quando trocar uma lâmpada, ou até matar uma barata...faça porque você a respeita, e não porque é superior. Assim, qualquer menininho se transforma num herói!
;)
E moças, se fazer algo vai contra os seus princípios e vontade, não faça só para agradá-lo!

Primeiro eu, depois o samba!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Lembrete

No primeiro dia do mês:

"Não esquecer de aguar as plantinhas da mãe e de escrever aquela carta pra vó"

Ps: Amor, quando eu durmo fora é pra gente lembrar da presença através da ausência, te amo!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

novas definições

e quando eu achei que já tinha pensado em tudo...me vem ele e diz:

"o amor é foda" ...

ps: não há créditos, assim ninguém se compromete.
ps 2: foda é não ser este amor.

domingo, 27 de junho de 2010

Devagar com o andor

"devagar com o andor
Teu santo é de barro e a fonte secou"
Letra: Rodrigo Maranhão
Voz: Roberta Sá

Quem tem pressa, tem alguma dívida. O relógio só passa pra quem tá perdendo no placar, correr atrás de um empate é como querer parar o tempo. "Devagar, sem pressão." Não precisa ser tudo como um jogo de tática, não precisa ter hora marcada pra dizer que me ama, não precisa marcar com meses de antecedência de como você vai pegar na minha cintura. Diga, pegue, mas vá devagar.

Quem corre tá  fugindo de algum bixo-papão. E em história da Carochinha eu não mais acredito. Você não é príncipe encantado, então, desce do salto e vem se mostrar aos poucos. Devagar, vai tirando essa máscara, essas fantasias, essa roupa toda.

Vem pra cá, mas dirigue devagar. Passa na sorveteria, mas escolhe com cuidado. Pega umas flores, mas compre com certeza. Aos poucos você aprende, aos poucos você amadurece. Não há pressa para se tornar um homem, não dói se você for com carinho, com cuidado, com atenção. Não dói se for devagar.

Porque devagar dura mais, todo mundo deixa o doce pro final. E delicia-se devagar, devagar,
D-e-v-a-g-a-r. 

Assim o santo não cai.

sábado, 26 de junho de 2010

Ponto de vista

Nossa, eu engordei hein, Sarah! Carambaa!Olha aqui...

Nada, tá com uma bunda bela, isso que importa, Nathi!

[silêncio]..[risos].

sexta-feira, 25 de junho de 2010

um minuto

Tenho um minuto antes dele chegar.
Ai, meu Deus, o que eu vou dizer quando ele me pegar aqui?
Será que eu me mato antes ou é melhor esperar pra ver o circo...
Sempre odiei tanto barraco, briga e gritaria, pra acabar assim,
é uma vergonha.
Já sei, quando ele chegar eu uso minha última dose de calma e sarcásmo e mato ele na unha junto.
Eu morro, mas carrego comigo quem e quantos conseguir.
Nunca gostei de solidão também.
A vida não mudou minha essência.
Não vai ser a morte que vai me podar, essa maldita mãe das más horas.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

saco!

Olá, quero os meus direitos..

Hahahaha! Espere até o dia 27 e a gente vê o que faz, tá achando que aqui é o mundo justo? Reality, honey, reality.

terça-feira, 22 de junho de 2010

treta

Eu briguei comigo.
Me madei dormir na sala.
Eu sei que tem muita coisa errada, mas bem que eu podia me dar um desconto.

Quem sabe nestas férias nós nos entendemos, vamos passear, vamos nos dar um tempo pra pensar...

Às vezes o que tá faltando é a falta um do outro...quero voltar pro meu quarto...

ele tá tão bagunçado.
a vida tá tão bagunçada.

domingo, 20 de junho de 2010

entre

Há dois dias se foi Saramago.
Há um dia mais uma celebração fez Chico.
E hoje...nem um grande nome brilha mais que o silêncio desequilibrado entre o vazio e a alegria.

Que o amanhã entre com suas surpresas.

sábado, 12 de junho de 2010

Aos solteiros

Começa me adicionando no msn...

Ps: khakahkahkahkahkah...digo a mesma coisa, ninguém garante que funciona!

Às solteiras

Hum...meninas, três palavras:

Rímel, salto-alto e atitude.

Ps: vos fala uma solteira, kahkahkaahahhkah...ninguém garante que funciona!

Aos namorados

Pra você guardei o amor
Nando Reis

Pra você guardei o amor

Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir

Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir

Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar

Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar

Pra você guardei o amor
Que aprendi vendo meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que arco-íris
Risca ao levitar

Vou nascer de novo
Lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lábios beijam signos feito sinos
Trilho a infância, terço o berço
Do seu lar

Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar

Ps: FELIZ DIA DOS NAMORADOS A TODOS! ^^
Quem quiser ver o vídeo com a Ana Cañas, não achei melhor.

Construção

Tem gente que quer ser rica, outras famosas, ainda tem aquelas que querem ser magras e loiras...
EU QUERO SER NORMAL.
Não quero chamar a atenção quando passar na rua porque minha roupa é cara, ou meus cabelos são mais lisos que de uma japa, ou ainda porque tenho cheiro de chocolate de shopping. Se ao passar por mim algo atrair tuas pupilas e elas dilatarem, que seja por um brilho sem explicação e sem ponto certo de venda.
Ando tentando construi-lo.

Alguma dica?

quarta-feira, 9 de junho de 2010

E nas vésperas...

Ia escrever sobre só faltarem 3 dias para mais um o dia dos namorados. Por motivos ÓBVIOS mudei de ideia, vou fazer um poeminha, que assisti a um filme fofo hoje, o tempo livre e o frio tão me deixando muito sentimental [Affz!!].

E se eu for mesmo?

E se de repente eu assumir?
É pecado agora amar...?
E se de repente eu assumir?
Sou piegas e choro à noite.
Sou piegas e escuto o Louis dizendo que lá fora está frio para a Ella.
E se depois eu ainda disser que tem mais?
E te sussurrar que aqui também tá frio.
Aqui tá meio assim incompletamente vazio.
E se eu for mesmo?
Doida, apaixonada, sentimental, ridiula, piegas, sinônimos...
E se você descobrir que gosta disso?
Bom, talvez tenha quem chame de carência,
Ah, isso também é verdade.
Talvez tenha quem chame de fogo,
e isso faltou alguma vez?
Ainda aqueles que não botem fé.
[Não botem nada.]

Eu boto coraçõezinhos nos is e estou piegas.
Eu sou piegas, eu gosto piegas.

Obs.: Melhor postar logo, antes que a Nathi Bruta volte e ameace a Nathi Piegas a torturas sobrehumanas por esta exposição...elas são mesmo um caso sério, ai.

terça-feira, 8 de junho de 2010

e a cebola?

Tenho uma louça imensa pra lavar. Mas tô ouvindo um samba muito bom...Ah! e esse gosto de cebola que ficou na boca desde o almoço...affz!
Bom, o lado bom é que a cebola evita a formação de trombos na circulação e como eu num vô beijar ninguém hoje...

Nossa, quando acorda-se meio-dia o dia perde metade, não?!
Já anoiteceu e eu nem tomei banho ainda...putz.]
E tem gente que diz que um dia que não se fez nada  [de que queria] é perdido, eu diria que hoje foi penhorado.
Alguém quer salva-lo?

sábado, 5 de junho de 2010

Loucura, loucura! Loucura?

Acima das minhas próprias palavras de hoje, quero cantar o samba de outro.

Vou soletrar a prosa do mundo real.

Sai do meu mundinho e na rua esbarrei com muitas olheiras, muito mal humor e quase nenhuma gentileza. Ah, eu sei, nenhuma novidade também, afinal estamos onde? Ah, na maior merda de cidade da América Latina, é mesmo. Putz, às vezes esqueço.
Lá na rua também tinha muito lixo, ou seja...fico feliz ou triste? Porque assim os mendigos podem sobreviver = feliz; ainda tem gente que depende disso = triste. Pensei seriamente em voltar pro meu mundinho...

Mas, como sou teimosa [?] e chata[!], continuei andando.
O lixo aumentou e começou a chover, a rua inundou, droga, é mesmo, enchente. Mas que merda de prefeitura.
Não foi ela que devia limpar e não limpou? Peraí. E que merda de gente, não tem lugar pro lixo, quem jogou isso aqui? É, nestas horas ninguém levanta a mão.

Ok. Mudei de rua, o cenário mudou, mas só um pouquinho. Tantas lojas, tanto produto e dos mais variados, variados preços e qualidades. Então pensei "que bom, abastecimento". Aí observei melhor, vi uma coisa louca, pessoas sem mãos comprando anéis, outras com carros comprando outros e caregando uns atrás dos outros, todos ligados e só uma pessoa..."mas tem tanta gente à pé"...e as pessoas com fome que compravam celulares? Nossa! Perguntei pra uma mulher "se você está com fome e seu bebê chora por comida, pra quê você quer um celular?", e a respota medonha: "preciso deste aparelho, ele tira fotos, tem torradeira, rega o jardim, posso atender dentro da água da piscina e ainda posso competir com minha vizinha", "Ah, então tem torradeira, você vai se alimentar né, e que legal, você também tem piscina!?!" "Não, eu não tenho e...a torradeira é só de pão integral, não gosto de pão integral, mas posso pagar em 59 vezes com juros só de 0,23% ao dia".
Ai meu Deus, será que saí mesmo pra andar na rua ou deitei no sofá e estou presa num pesadelo?! É tudo tão bizarro.
Saí correndo, corri muio mesmo, quando estava ficando esbaforida parei pra descansar numa pracinha. Era até bonitinha, mas [sempre tem um "mas" pra tudo em textos como este aqui], então, mas olha só aquele cachorro? Ele tá falando, caracas.

Agora é definitivo, dormi no sofá, C-E-R-T-E-Z-A!

Falando, comendo um bife enorme de "fastfoodpet", e ainda o dono vinha atrás carregando a sua água mineralizada sem iodo, sua caminha de pelúcia e seu celular.
"Cacete! Até o cachorro?!"
"Moço, pra quê o seu cão tem um celular?" "Oras, o seu não tem?" "Eu não tenho cachorro." "Aff'z, porque ainda falo com pessoas sem status?"
e sairam andando, aquele nariz empinado e seu "pet", ou será o contrário?!

Daí em diante decidi não perguntar lógica pra ninguém, um tempo depois, depois de ver muitas coisas esquisitas, peguei uma perua que passava perto de casa, entrei correndo e fiquei uns minuto com os olhos fechados e deixei este dia louco descer pelo ralo nm banho demorado.

E ainda tem gente ue me pergunta porqueme tranco no meu mundo, aqui pelo menos as coisas têm mais lógica, ou pelo menos eu acho.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Por estas bandas

Já ouvi muita coisa louca nesta vida.
Impressionante como tem gente que parecem discos arranhados, voltando na mesma nota.
Na mesma nota.
Naquela nota.

Não que eu não tenha meus ditados, minhas repetições preferidas.
Mas a cada dia seu próprio mal.
A cada aurora suas mazelas e acordes.

Hoje eu tô a fim de tocar a nota do tédio e do cansaço.
Primeiro do cansaço.
Depois a falta de planos pra me divertir, ou pelo menos um que me faça mover os músculos ao banheiro pra tomar um banho e me perfumar antes de sair de casa, não sairei de casa.
Aí então o tédio, aquela nota que se repete muito em momentos dos mais variados.

Dias de chuva, como hoje.
De falta de gente, não como hoje.
Dias com sobra de horas.
Dias com falta de perspectiva, não como hoje.
Dias como hoje.

Bom, algumas notas espero que venham tocar mais frequentemente por aqui, no meu piano, na minha bateria, na minha transversal, na minha guitarra, no meu sax tenor, no meu alaúde.

Na minha banda.
Por estas bandas.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Lobo é tudo bobo [?] !

Ouvindo ao programa "Sala dos Professores" na Eldourado FM (92,9), que esta semana está tratando de arranjadores, ouvi esta música. Primeiro que os arranjos são mesmo fabulosos, principalmente para um ouvido leigo como o meu, que com certeza não chamaria o Tom de desafinado. Depois vem esta letra maravilhosa que faz a gente pensar. Hum...[momento para reflexão]


"Era uma vez um lobo mal
Que resolveu jantar alguém
Estava sem vintém mas arriscou
E o lobo se estrepou
Chapeuzinho de maiô
Ouviu buzina e não parou
Porém o lobo insiste e faz cara de triste
Chapeuzinho ouviu
Os conselhos da vovó
Dizer que não prá lobo
Que com lobo não sai só

Lobo canta, pede
Promete tudo até amor
E diz que fraco de lobo
É ver um chapeuzinho de maiô
Chapeuzinho percebeu
Que o lobo mal se derreteu
Pra ver você que lobo
Também faz papel de bobo
Só posso lhe dizer
Chapeuzinho agora traz
Um lobo na coleira
Que não janta nunca mais."

Lobo bobo - Carlos Lyra

Baixe na voz do Simonal


Será que se ele tá oferecendo até amor é porque ficou bobo?!
São todos bobos?!
Odeio adorando generalizar.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Rua

Andei numa rua grande hoje. Quando era pequena achava que avenida era nome de rua grande, mas a que eu andei hoje era grande e mesmo assim ainda era uma rua, então acho que, pelo menos pra aquela, essa regra não vale.


E que rua grande, tinha uma mão que ia e outra que vinha, mas elas jamais darão as mãos.

Tinham pessoas que entravam e outras que estavam só perambulando mesmo, eu não era nem uma nem outra, eu estava só passando.

A rua tinha um ar de quem acabou um namoro com alguém amado, estava lavada como em lágrimas,

Mas não eram quentes, eram geladas, acho que ela deixou de amar pelo tamanho desconsolo.

É possível que não tenha deixado de amar e o frio venha da falta de quem o receba, mas talvez ela só estivesse lavando seus cabelos em uma água de mina, água de mina é sempre bem gelada, acho que deixam todo seu calor na terra.

Se eu fosse uma rua não queria ser como a rua grande que andei hoje,

Queria ser uma rua pequena, onde só passasse quem sabe pra onde vai: uma pracinha que ia ter no meu final, onde criança pudesse aprender a andar de bicicleta e onde namoro silencioso não fosse coisa de outro mundo.

(Segunda-feira, 10 de maio de 2010, 16:18hs)

segunda-feira, 31 de maio de 2010

...à tarde

Hoje à tarde eu sonhei.
Tive um sonho estranho que não sei se estava no passado, num presente paralelo ou num futuro próximo.
Um sonho estranho com pessoas que já vi, algumas até considero conhecidas, mas a situação era muito, muito diferente.

Queria entender o que alí, ou quem, fez com que eu esquecese que dia era hoje ao acordar com uma cara de interrogação.

Quem sabe explicar sonhos?!

domingo, 30 de maio de 2010

Sexta-feira

"Mãe, já é sexta-feira?"
"Não querido, ainda não é sexta-feira, vai demorar um pouco ainda."
"Demorar um pouco quanto? Depois do almoço vai ser sexta-feira?"
"Não, Augusto, depois do almoço é depois do almoço, sexta-feira é depois de quinta-feira."
"Ahhhhh!"
Alguns instantes depois a criança volta a pedir a atenção da mãe que estava dividida entre ela e o computador.
"Mãe..."
"Oi amor."
"Quando é quinta-feira?"
"É depois de amanhã, hoje é terça, amanhã é quarta e depois é quinta."
"Então é depois do meu desenho?"
"Sim, é depois do seu desenho, ele vai passar ainda umas 4 vezes antes de ser sexta-feira."
"E se eu trocar?"
"Trocar o quê?" - Neste instante a mãe parou e olhou bem pro filho, não que estivesse acabando sua paciência, mas aumentando o interesse.
"Trocar meus desenhos, eu gosto muito deles, mas eu quero que chegue logo sexta-feira."
"Querido." - Disse colocando o pequeno no seu colo quente e aconchegante. - "Não adianta pensar assim, você não assistir aos seus desenhos não vai trazer sexta mais rápido."
"Nem pode trazer o papai mais rápido?"
- um suspiro- "Não, não vai. Com o tempo não há troca, amor."

sábado, 29 de maio de 2010

Confissões de uma blogueira pouco criativa

"Nathi, você tá copiando isso no seu blog?"
"Tô"
"Mas isso não é plágio?"
"Tecnicamente não, praticamente sim."
"E você não tem vergonha?"
"Não!" ,"A vida é feita de boas ideias copiadas."
"Sei...Cara de pau."

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Na Cozinha

Ah, como esta morena me dilacera.
Só ela sabe fazer aquele cheiro subir da cozinha, da panela, de suas mãos...
Não entendo meu deus, são os mesmo temperos das vizinhas, das amigas, até da minha mãe.
Mas o cheiro da sua panela acaba comigo. Acaba com as vizinhas, com as amigas, até com a minha mãe.

E seu café? Preto, quente e cheiroso. Do mesmo modo como ela me quer ver. Pra isso ela capricha no café, no deitar da água fervente em movimentos circulares, como quem faz uma poção mágica do amor. E funciona, porque eu me inspiro ao inspirar aquele cheiro e fico também preto, quente e cheiroso pra ela, sempre que ela quer, e sempre que ela não quer também, caso ela mude de ideia.

E quando ela tá lavando louça? Às vezes, quando chego mais cedo da obra, tá ela lá, de saia curta, blusinha de algodão estampado, detergente espumando na bucha e ela se apoiando na perna direita.
Na perna esquerda.
Na perna direita.
Na perna esquerda.
E esse vai e vem, cai não cai, me empurrando pra lá e pra cá no seu molejo quieto enquanto lava a louça numa maestria como quem prepara um filho com todo esmero natural da natureza. Aquilo me dilacera.
Observo-a.
Amo-a.
Admiro-a.
Até que não me aguento, e entro na cozinha. No seu santuário, onde tudo e todos perdem o sentido e os sentidos e ela reina.
Minhas mãos se aproximam da sua cintura, meu corpo do seu e ela sabe que minha boca no seu ouvido só tem um desejo a fazer:
"Cuida de mim, como cuidas da tua cozinha? Cuida vai?"

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Na balada

Ando escutando músicas vazias,
corro ouvindo-as.
Elas fazem meu corpo querer se perder na falta da moral,
faz-me querer dançar de olhos fechados numa pista imaginária e inócua.

São vazias e alimentam-se dos sentimentos de quem se entrega ao ouvir seu chamado promíscuo.

Preciso perder minhas forças para poder parar de dançar assim, eu não sou assim.
Preciso perder minhas energias para cair no chão e me desgrudar desta boca que quer me engolir quente e suada, eu estou suada.

Tento focar a memória nos teus olhos, mas minha visão está confundida com o insolente móbile de luzes multicoloridas que me envolvem.

Quero parar, quero me desvencilhar destes braços, quero respirar, quero querer isto.
Mas a música vazia me preenche, e os braços são fortes e... e... eu já não tenho forças, nem energias, mas não paro, não paro, não paro de dançar...não.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Criatura

Tô morta de cansada e sono, mas tem uma coisa entalada, morna e impaciente querendo sair.
Quer pular pela garganta ou pelos poros, como já cantou a Ana Carolina e a Zélia.

Enfim, vamos ver se sai rápido e de forma indolor, que não tô com tempo nem saco agora.


Ele já estava suando frio. Sabe que não é "aquele" amor, mas é amor de alguma forma. Saiu à noite procurando-a e já tinha plano certo, ou melhor, planos.


Ela tem alguns lugares certos onde passar a madrugada e naquela noite a Leninha chamou pro Batidão ao invés do samba sagrado da sexta, de primeira estranhou, a Leninha é quase um padre de tão metódica, mas enfim, melhor não contrariar, pois foi lá que "ele" estava na outra semana. Vai que...
E nesses pensamentos atropelados por outros sobre maquiagem e a chave do carro "onde se enfiou?"


Pegou o carro e saiu na maior marra, não era seu, mas... amigo é pra essas coisa, se tem uma coisa que eu odeio é carro emprestado, mas pior é ficá a pé, vamos de carro dos "outros" mesmo que hoje ela é "minha". Chegando ao Batidão, primeiro lugar que deveria mesmo arriscar pelo simples fato de ter sido o primeiro encontro visual, foi logo fazendo aquela observação rápida e sem escrúpulos, digna de um verdadeiro caçador e sentou sem pressa e sem uma presa. Sem "a" presa.


Ai, tô presa no viaduto ainda...eu sei Leninha, mas é que..an? Como? Ele tá aí é?! Ai meu Deus.


Ai, m-e-u-d-e-u-s, que deusa. Ela chegou.


Cheguei.


Hum, a amiga também é uma gata extraordinária, mas hoje, se não for hoje...tenho que pegar, tenho que pegar, tenho que pegar, repetia pra si mesmo tomando coragem e mais uma cerva...
Tenho que pegar essa criatura!


E o resto, só quem sabe é a pista escura.

Inspiração e plágio: Gatas Extraordinárias - Caetano Veloso (voz: Cássia Eller)

terça-feira, 18 de maio de 2010

Véspera

Ai, nunca fui muito dada a esperas. (Minha mãe disse hoje que nasci 15 dias antes do previsto.)

Na verdade, sincera e descaradamente falando, eu ODEIO esperar.

Então, não quero mais esperar...

Por que se para a vida blogal foram alguns dias que estive longe, para mim foram séculos no escuro.
Mas se eu sabia que ia voltar, fui por quê?

Às vezes a ausência vem mostrar valores e reflexões antes bloqueadas pela força que fazemos para tudo ser tão normal e natural, ser tudo cotidiano e rotina.
Hoje minha rotina foi quebrada, não fui à faculdade, não estudei pra prova de amanhã (tá bom, confesso, é com consulta) e tô feliz de uma maneira angustiante (talvez a vodca tenha algo com isso).

Coloco muita expectativa em mim mesma, muita pressão, acho que este ponto foi crucial pra eu me dá este tempo (eterno em menos de poucos dias), e relaxar, lembra o quanto sou humana e o quanto tenho que aprender sobre tudo, o quanto sou falha e errada. Lembrar um pouquinho da criança sorridente e franca que sempre fui, que ainda sou. Que pretendo ainda ser nos próximos 20 anos.

Não quero fazer listas de projetos ou de desejos, quero fazer eles acontecerem.
Não quero me machucar à toa, mas quero amar mais, tudo e a (quase) todos, todo dia!

Não vou esconder TPM's, mal-humor, nem crises, mas com certeza não vou mais mascarar esta Dor de viver, esta dor de respirar e deixar o sangue fluir.

Não quero ser e ter alegria por ocultar os problemas, ou por achar que não são importantes, quero mais que isso, ver o quanto eles me afundão, o quanto são pesados, mas que não estou sozinha neste mundo cachorro, não tô entrege ao acaso nem sorte. Mais que tudo, problemas são oportunidades de crescimento. Mas antes que este post vire auto-ajuda...e mesmo eu não sabendo como terminar(ainda, depois de algumas tentativas)...

Que venha o amanhã.

sábado, 8 de maio de 2010

Adeus

Um tchau, o até logo que se dá numa rodoviária antiga...sem saber por quanto tempo durará esta separação.
Um dia, um mês, anos?
Talvez toda uma vida.


Preciso dar um tempo, sei lá quanto, pra pensar e talvez fazer uma escrita melhor...

Adeus!

Ps: Desculpem caros [poucos e seletos] leitores!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

dias como este

"Não gritem, por favor, só um minutinho..."

Isso fica repetindo para si mesma durante estes momentos de desconcerto. É só ver ele na rua de mãos dadas com a...aquela criatura, que fica assim. Pior! Desta vez não só as mãos que estavam dadas, eram pernas, mãos, bocas, cintura, mais mãos, nuca..."tem gente que não tem um pingo de pudor", resmungava a idosa que passava com um carrinho antigo de feira [idosa porque falar velho hoje em dia é falta de educação]. Se fosse eu, diria falta de vergonha na cara mesmo! Mas o que importa é que ela viu ele. Viu eles. Melhor seria ter tropeçado e dado de cara no chão, mas não, ela que quase desfilava na pracinha, viu eles. E agora só o que tropeça são suas lágrimas e as tantas dela que se fragmenta toda quando é atropelada pelas lembranças.

"...calem a boca!pensamentos malditos!"

"Ai, uma moça tão bem apanhada como ela, sinceramente, não acredito que depois deste tempo ainda não esteja dando uns amassos  no vizinho da frente."
"Não é mulher?! Fosse eu não perdia tempo, até por que ele tá solteiro faz um mês já, se eu tivesse uns anos a menos...né não?!"

E o pior do que escutar suas lembranças, seus fragmentos, sua conciência...é ouvir fofoca inútil.
Quando dias como este aconteciam seu maior desejo era ser surda. Surda e cega. Mais surda do que cega. Mas não era e sempre ficava muda.
Não consegue falar com as bisbilhoteiras do andar de cima, não consegue falar "oi" quando ele passa, nem ao vizinho da frente.

Não consegue falar para seus pensamentos calarem-se!

E fica mais do que minutinhos neste desconcerto.

domingo, 2 de maio de 2010

Zeca


E quando ele abre a boca,
eu fecho os olhos.
Ele abre o horizonte e eu mergulho em minha imaginação!

Entre batuques, solos de guitarra, forrá, maracatu, rock e rap.
Sua variedade é quase a do meu coração brasileiro,
onde cabe o samba de Maria Rita e o Jazz da Leni Andrade.
É tão eclético como o centro de São Paulo e a feira de Caruaru.

Quero sua arte em todos os muros da cidade e nos escapamentos dos carros!

Quero outro bis!

[Zeca Baleiro e banda, SESC Interlagos 1° de maio de 2010, com Sarah e Felipe]

terça-feira, 27 de abril de 2010

Desfrute

Um dia que começou antes do sol, com um calorzinho abafado. Um calorzinho abafado que caiu em forma de chuva rápida. Uma chuva rápida que me molhou só atravessando a rua. Uma rua que separa minha obrigação de minha diversão. Uma diversão que até então não desfrutava. Um desfrute prazerozo. Um prazer que é como ouvir uma boa música.

Sei que escrevo muito aquém do que gostaria (eu e vocês, poucos e queridos leitores), mas se fosse pra ganhar a vida com isso, não teria a graça e a descontração que tem (tenho e temos) com textos sem rascunho, como este. Será que o Camelo fez rascunho para esta música que tem me tocado a algumas semana? Acredito que sim! Desfrutem:

Casa pré-fabricada

Abre os teus armários eu estou a te esperar

Para ver deitar o sol sobre os teus braços castos.
Cobre a culpa vã ... até amanhã eu vou ficar
E fazer do teu sorriso um abrigo.

Canta que é no canto que eu vou chegar,
Canta o teu encanto que é pra me encantar,
Canta para mim, qualquer coisa assim sobre você,
Que explique a minha paz, tristeza nunca mais.

Mais vale o meu pranto que esse canto em solidão,
Nesta espera o mundo gira em linhas tortas.
Abre essa janela, primavera quer entrar
Pra fazer da nossa voz uma só nota.

Canto que é de canto que eu vou chegar,
Canto e toco um tanto que é pra te encantar,
Canto para mim qualquer coisa assim sobre você
Que explique a minha paz. Tristeza nunca mais.
 
Marcelo Camelo
 
 
Escolha um intérprete e escute, vale a pena! Baixe

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Gafanhota

E no meio de minha tamanha ansiedade e impaciência, ele disse:
"Calma, baixa a bola pequena Gafanhota!"

Sabedoria.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Twitter

São 18:05 hs, ouso Juventude transviada, penso na minha mãe e eu a uns meses atrás...

São 18:12 hs, continuo com a Cássia Eller...lembrando-me de algumas vidas passadas que já tive e não terminei...

São 18:22 hs, voltei aos meus 16 anos, com Kid Abelha, e muita gente veio me oi...até revi meu primeiro beijo, não tenho arrependimento, tão pouco saudades desta época...

18:44 hs, Chico me inspira a continuar minha vida em bossa, esquecer meus pensamentos do lado "negro da froça"...

19:02 hs, escutando o postcad do Bruno (Crônicas de Afeto), tô viajando!

19:17 hs, vou comer, pensar, viajar...tudo me abre o apetite!
e a música me equilibra.
Pra terminar, Cold Play e Franz Ferdinand, porque nem só de MPB a Nathi viverá.

terça-feira, 20 de abril de 2010

"Que o teu afeto me afetou é fato"



E se eu não soubesse amar?
Se nunca tivesse sido tocada por uma mão amiga,
Um olhar cheio de AFETO
Se tivesse crescido sem ter amadurecido pelo sofrimento regado a lágrimas coletivas.

Não consigo imaginar um mundo exclusivo e individual.
Não tenho um "infinito particular" que não esteja "aberto pra vizitação",
Minha vida é aberta se você quiser saber.

Amor é multiplicidade.
AFETO  é colméia e não savana.
Carinho é sorriso sincero e uma canção pra afagar a tristeza do peito.

Daí um dia, esta criança que está aqui com vocês a algum tempo, pensou:
Nossa, a quanto tempo que larguei meus diários...
E uma amiga deu a ideia, "Nathi, porque você não faz um blog?"
Aquilo ficou martelando uns meses.
Então veio outra e disse, "Vê isso e aquilo no meu blog..."
Pensei, pensei, resisti, mas então me resolvi. Fiz.
Nunca tive assim aquela pretensão de ser escritora ou famosa, queria sim ser lida, quem não quer? Mas era algo sem muito propósito, uma experiência do tipo "vamos ver no que dá".
E foi, sem saber como é que fazia, tentando aqui e ali, fuçando acolá.
E olhe no que deu.

Hoje tenho vocês por aqui, eu por aí, não importa o tempo, mas a qualidade das nossas visitas mútuas, que são sempre maravilhosas.
Amizade, desabafo, cultura, descobertas, amores, músicas, AFETO em poesia e prosa!!!
Tudo que a gente precisa pra humanizar mais a vida através das máquinas que nos são impostas.
E de alguns amigos que fiz, hoje tem um que faz aniversário!

Parabéns Bruno e seu Crônicas de AFETO.
Primeiro me encantei com sua sensibilidade, depois com sua sinceridade, e agora, nem sei mais o que comentar! Adoro o carinho de suas palavras, sempre floridas e musicais.

Um dia a gente se esbarra por aí, a vida é cheia de surpresas!

Por hoje lhe deixo um grande Beijo e que venham mais 4, 8, 16...anos de Crônicas poéticas.

Porque ninguém ama e tem AFETO sozinho!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Samba

Hoje quero um samba.
Quero um samba anti-capitalismo e a favor do meu amor.
Hoje quero dança e alegria, muito molejo e movimento de cadeiras.
Quero ver você com cara de bobo, e todo mundo gritando junto este refrão.
Hoje...ah! Não quero nem ver!
Hoje quero um samba anti-absolutismo e em prol de minha liberdade.
Se você não sabe sambar, observe, que ele já tá batucando dentro de você.
Se você não me segura hoje, ah! Só depois de amanhã!
Hoje eu sambo!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Credo...Adulta? Ha!

Sabe aquela porcaria de dia que você não sabe o porquê dele ter nascido?
Sabe aquele dia que você deseja afundar o pé na areia e acorda no meio da rua pisando numa poça de água mais gelada que o bafo do diabo!?
É, porque quem disse que o inferno é quente...Ah! não deve ter se lembrado que o frio também queima, e que o frio congela, e que o frio agudece meu mal humor e minha irritabilidade e todas as minhas feras!
Vai por mim, você não quer vê-las.
Mas mesmo assim, percebi que a vida já me lapidou bastante. Em outros tempo a bruta aqui, num dia como hoje, depois dos acontecimentos dos últimos dias...teria deixado um rastro de sangue pelo corredor do laboratório de fisiologia até o de bioquímica. Porém eu levei pro lado da quase educação, conversa com uma ponta de pura sinceridade, pena que só uma ponta, até porque sinceridade completa não coexiste com educação.
E, o resultado, a gente vê daqui uns dias.
Ai, como odeio o mundo dos adultos!

Adorava resolver tudo na base do "mais forte"...pelo menos enquanto era sempre a mais alta da turma!
Mas tudo bem, afinal a natureza seleciona...não é Darwin?

domingo, 28 de março de 2010

Amizade ou irmã de outra mãe?

Daí um dia eu pensei, "Puta, a gente nem tem uma foto juntas!"

E comecei a lembrar o tanto de risada, de soco, de choro, de besteiras, de mordida de vaca*, de almoços, de zueira, de aulas, de livro e de provas [porque afinal, uma hora a gente estuda!].

Lembrei que você não foi a primeira que eu falei, não foi a primeira que candidatei a amiga, não foi a primeira que...apostei!!!

Mas foi você que conquistou minha amizade.

E agora eu sinto você indo.
Sinto você longe, em algum outro mundo paralelo.

Não quero te ver triste.
Não quero te ver perder seus sonhos.
Não quero te ver sem brilho!

Mas não queria que você fosse brilhar tão longe, tão fora da minha realidade de hoje...

Tô chorando e não quero parar!
Não quero ser egoísta meu Deus!

Brilhe!
Mude!
Seja você...

eu vou ficar assistindo tá?!
Quando quiser minha piada nova ou velha...tanto faz...me liga, eu sempre vou ter tempo pra você!
E quem sabe uma hora a gente  até tire uma foto.

*é uma brincadeira que se dá um beliscão na parte interna da coxa de outrem com a palma da mão, dói pra cacete!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Queda

Tava pensando em um monte de coisa.
Tava carregando um monte de livro, da toca pra casa de ensino e de lá pra cá.
Tava ouvindo um milhão de músicas.
Tava almoçando mal pra cacete.
Tava me penteando, me adormecendo, me exercitando, me multiplicando.

Então, com vento, com trovão, com luzes em céu escuro, com bueiro vomitando, com carro parado...e sem aviso prévio, ela caiu.

Gloriosa como quem quer ser notada desde o primeiro passo no tapete vermelho, ou até antes disso, foi notada quando desceu da sua limosine de núvens pretas e fez do centro sua passarela carregando todo seu orgulho úmido.

Ela caiu na minha cabeça.
E eu cai em mim.

Agora fico esperando estas duas quedas não resultarem numa gripe, shit!

sexta-feira, 12 de março de 2010

Empréstimo

CHEGOU O OUTONO


Não consigo me lembrar exatamente o dia em que o outono começou no Rio de Janeiro neste 1935. Antes de começar na folhinha ele começou na Rua Marquês de Abrantes. Talvez no dia 12 de março. Sei que estava com Miguel em um reboque do bonde Praia Vermelha. Nunca precisei usar sistematicamente o bonde Praia Vermelha, mas sempre fui simpatizante. É o bonde dos soldados do Exército e dos estudantes de Medicina.

Raras mulatas no reboque; liberdade de colocar os pés e mesmo esticar as pernas sobre o banco da frente. Os condutores são amenos. Fatigaram-se naturalmente de advertir os soldados e estudantes; quando acontece alguma coisa eles suspiram e tocam o bonde. Também os loucos mansos viajam ali, rumo do hospício. Nunca viajou naquele bonde um empregado da City Improvements Company: Praia Vermelha não tem esgotos. Oh, a City! Assim mesmo se vive na Praia Vermelha. Essenciais são os esgotos da alma. Nossa pobre alma inesgotável! Mesmo depois do corpo dar com o rabo na cerea e parar no buraco do chão para ficar podre, ela, segundo consta, fica esvoaçando pra cá, pra lá. Umas vão ouvir Francesa da Rimini declamar versos de Dante, outras preferem a harpa de Santa Cecília. A maioria vai para o Purgatório. Outras perambulam pelas sessões espíritas, outras à meia-noite puxam o vosso pé, outras no firmamento viram estrelinhas. Os soldados do Exército não podem olhar as estrelas : lembram-se dos generais. Lá no céu tem três estrelas, todas três em carreirinha. Uma é minha, outra é sua. O cantor tem pena da que vai ficar sozinha. Que faremos, oh meu grande e velho amor, da estrela disponível? Que ela fique sendo propriedade das almas errantes. Nossas pobres almas erradas!

Eu ia no reboque, e o reboque tem vantagens e desvantagens. Vantagem é poder saltar ou subir de qualquer lado, e também a melhor ventilação. Desvantagem é o encosto reduzido. Além disso os vossos joelhos podem tocar o corpo da pessoa que vai no banco da frente; e isso tanto pode ser doce vantagem como triste desvantagem. Eu havia tomado o bonde na Praça José de Alencar; e quando entramos na Rua Marquês de Abrantes, rumo de Botafogo, o outono invadiu o reboque. Invadiu e bateu no lado esquerdo de minha cara sob a forma de uma folha seca. Atrás dessa folha veio um vento, e era o vento do outono. Muitos passageiros do bonde suavam.

No Rio de Janeiro faz tanto calor que depois que acaba o calor a população continua a suar gratuitamente e por força do hábito durante quatro ou cinco semanas ainda.

Percebi com uma rapidez espantosa que o outono havia chegado. Mas eu não tinha relógio, nem Miguel. Tentei espiar as horas no interior de um botequim, nada conseguindo. Olhei para o lado. Ao lado estava um homem decentemente vestido, com cara de possuidor de relógio.

- O senhor pode ter a gentileza de me dar as horas?

Ele espantou-se um pouco e, embora sem nenhum ar gentil, me deu as horas : 13:48. Agradeci e murmurei : chegou o outono. Ele deve ter ouvido essa frase tão lapidar, mas aparentemente não ficou comovido. Era um homem simples e tudo o que esperava era que o bonde chegasse a um determinado poste.

Chegara o outono. Vinha talvez do mar e, passando pelo nosso reboque, dirigia-se apressadamente ao centro da cidade, ainda ocupado pelo verão. Ele não vinha soluçando les sanglots longs des violons de Verlaine, vinha com tosse, na quaresma da cidade gripada.

As folhas secas davam pulinhos ao longo da sarjeta; e o vento era quase frio, quase morno, na Rua Marques de Abrantes. E as folhas eram amarelas, e meu coração soluçava, e o bonde roncava.

Passamos diante de um edifício de apartamentos cuja construção está paralisada no mínimo desde 1930. Era iminente a entrada em Botafogo; penso que o resto da viagem não interessa ao grosso público. O próprio começo, da viagem creio que também não interessou. Que bem me importa. O necessário é que todos saibam que chegou o outono. Chegou às 13:48 horas, na Rua Marques de Abrantes, e continua em vigor. Em vista do que, ponhamo-nos melancólicos.

Março, 1935

RUBEM BRAGA

quarta-feira, 3 de março de 2010

domingo, 28 de fevereiro de 2010

My Formspring IV - Filosofando

"O que é saudade?"

"É o eco de alguém que prendemos voluntáriamente dentro do peito, mesmo sabendo que íamos sofrer ao fazer isso."

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Pensamento inacabado

É assim, quando no hemisfério norte eles fazem jogos de inverno,
nós aqui acabamos de abolir o horário de verão.
Tudo tem mais de um lado.
Ruim é olhar só um, ou pior, ver a ambos e ignorar um ou mais deles.
Bom deve ser uma abelha, tem uma visão completa e ainda de quebra voa pra melhor namorar as florzinhas.
Vai ver que pelo poder delas de observação o doido Einstein disse que depois delas encaixotarem só teríamos mais quatro aninhos no planeta, nem uma infância inteira pra os que acabassem de nascer.
Absurdo!

Observar é preciso, Tereza!

[...]

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Já é noite outra vez

Escovando os dentes ela imaginava como é que podia o dia passar tão rápido e ela já estar alí de novo indo dormir.
"Mas já?"
Dormir às vezes parece a única forma de renovar uma esperança franzina.
Hoje lendo um livro do qual a mãe e uma colega que faz DP na sua sala em uma, talvez duas matérias falaram bem, ela se distraiu tanto que "acordou" encima do ponto...quase foi...tudo bem, são só 6:30 da manhã.

Ainda bem que a gente uma hora Acorda.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

No ar

Nossa, incrível como tem coisas que ele não sabia que iam virar uma grande enrascada.
Já tinha feito a idade do sucesso a quase um ano e ainda não havia pisado no chão.
Queria sempre viver astronautando, porém se esquecia que pra tirar os pés do chão primeiro tem que andar nos trilhos. Não há como ser arrebatado pelo que quer que seja se já estiver no ar, pior, em outra atmosfera.
A mãe sempre disse que a solução é uma mulher pra por juizo naquele cabeção, alguns amigos adoravam ter alguém pra brisar junto e beber umas biritas, outros mais "carestas" tentavam conversar, aconselhar, mas como todo mundo sabe...e a vizinha repetia pra quem não sabia: "pau que nasce torto..."

Nunca soube muito bem o que queria da vida, até que Martin a viu.

Seus olhos estavam distraídos com uma pipa colorida no céu, e os olhos de Martin distriu-se olhando ela, era pequeno, sorridente e parecia estar sonhando...a criança estava tão distraída com a vida que a pipa foi indo pelo parque e ela também.
Martin que estava sem um paradeiro certo, pensou até em passar no Robertinho quando lembrou que ele fazia plantão às quartas agora, parou quando viu a criança.

Não parecia rico nem pobre, não era branco, mas tão nem era preto, tinha só uma coisa bem definida: o ar sonhador. Por um momento sentou no banco sujo de folhas pra observar o pequenino e refletiu...
"Como ele apagou-se tão completamente do mundo por um motivo tão bobo...Meu Deus, uma pipa!"

A pipa continuou seu trajeto.

A criança continuou seu trajeto.

Então, entendeu que ele também tinha que continuar o seu.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

My Formspring II

"Mãe, por que eu tenho que estudar ética na escola?"

"Porque malandragem já se aprende na rua, meu filho."

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Visita

Sabe aquele dia que tem cara de segunda, todo igualzinho em seus mínimos detalhes e que nem dá vontade de levantar, porque você tem a exata sensação de que nenhuma surpresa vai acontecer?


Pois é, não foi o caso de hoje depois do meio dia.

Estava tudo assim morno, até eu estava morno, até o banho foi morno, até que enfim a campainha toca.

Paro, penso em um milhão de pessoas que poderiam vir aqui me visitarem e me tirar do meu poço de solidão a não sei quanto tempo cavado, bom, nenhuma me procuraria àquela hora.

Larguei meu almoço no microondas e abri a porta.

Uma surpresa!

Um mendigo estava bem à minha frente.

Mas por quê? Como ele veio para aqui?

Não disse palavra, ficou apenas me fitando.

E eu olhava-o já angustiado, sem saber que raio de situação era aquela, e percebendo que a presença dele me incomodava muito, deu um passo à frente. Neste instante não conseguia mover um músculo. Por que será que algo nele me chama a atenção, além deste mau cheiro que exala? Sinto que apesar de toda aversão dos primeiros momentos eu tenho algo em comum, nos olhos, na barba, na fisionomia em si.

O que é? O que está acontecendo?

Então, de súbito ele sumiu.

Fiquei ainda alguns instantes imóvel, acordei com o apito do microondas.

Ah! O almoço de hoje também está morno.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Testemunha

Saiu de casa como quem quer andar sem destino. Mas isso é mais papo de quem fica só na pretensão, porque sabe muito bem que seus passos levam somente para lá.
Entrou duas ruas antes, deu a volta no quarteirão, enrolou um pouco, tentou se convencer que estava mesmo sem paradeiro, porém, como já previsto...entrou na tal rua.
Foi bem devagar, como se o sabor da espera saciasse mais que a verdadeira mordida.
Chegou.
Lá estava ela, fascinante como sempre, solitária também, como se o tempo estivesse intato.
A pracinha era sua segunda casa.
Tão bela com aquele ar de abandono.
Tão frágil  e acolhedora, como mãos de mãe, que dão carinho e noutro instante disciplina.
A praça onde eternizou segundos, onde aprendeu que o tempo é contado de diferentes modos em momentos e com pessoas distintas.
A praça é sua única testemunha.
Sua única cúmplice.
Sua única compreenssiva companheira quando suas lembranças só o acusam.
A única presença que não consegue ausentar, é a sua própria.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Diálogo Marcado

"Oi"
'Oi, já vou dizendo que não quero dificultar nada pra você, filho.'
"..."
'Afinal, o mais difícil você já fez.'
"Fiz?"
'Claro! Conquistou minha filha.'
"Ah!" [de alívio]
'Nós dois sabemos que ela não é fácil! Acho que a ensinei direitinho como ser exigente, só não esperava que ela me ouvisse tanto.'
"Sei."
'Mas me diga, qual o seu segredo pra bater o record de menor tempo?'
"Simples!"
'...'
"Aprendi com os erros da concorrência."

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Plural

Olhou mas uma vez pela janela.
Prédio, prédio, prédios.
E por incrível que pareça o que sempre a incomodou foram os plurais.
Não basta um sorriso, só vale se for todos.
Não me contento com um carro, dois, três, bolsas, amigos, sapatos, depressões, celulares, jantares, cumprimentos. Tudo é colecionável.
Um mundo plural no qual via-se sozinha.
E o plural de que tanto tentava se esconder, ali na janela.
Parece que do décimo sexto andar tudo flutua lá embaixo.
Pensa em como pode flutuar também.
Lembra de como o algodão-doce da máquina do parque flutuava no ar antes de ser capturado pelo homem de bigode, com seu palito.
Quando deixei-me ser capturada?
Quando deixei-me ser posta nesta torre?
Por que não joga a tua alma com o teu corpo ao invés de só as tranças, Rapunzel?
E no ímpeto de seu devaneio de consciência sente o sangue lhe arder nas artérias, nas veias, nos membros todos. Naquele instante o plural não lhe foi incômodo. 

Ps: Não sou crônista, nem modesta. Se o fosse falaria. Aqui é uma tentativa, outras virão, espero que melhores!

sábado, 30 de janeiro de 2010

Título pra quê? É só um recado

Tive um pesadelo e acordei feliz por ele ser só sonho e nada mais.

Hoje acordei Feliz!

Hoje, continuo pensando em ti, mas estou feliz, Feliz.

E...já ia me esquecendo, nada é sua responsabilidade!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Luz dos Olhos

"Ponho os meus olhos em você se você está
Dona dos meus olhos é você, avião no ar
Um dia pra esses olhos sem te ver é como o chão do mar
Liga o rádio a pilha e a TV só pra você escutar...

A nova música que eu fiz agora
Lá fora a rua vazia chora

Os meus olhos vidram ao te ver, são dois fãs, um par
Pus nos olhos vidros pra poder melhor te enxergar
Luz dos olhos, para anoitecer é só você se afastar
Pinta os lábios para escrever a tua boca em minha...

Que a nossa música eu fiz agora
Lá fora a Lua irradia a glória

E eu te chamo
Eu te peço vem
Diga que você me quer porque eu te quero também [...]"

Nando Reis

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Extra

Coração descongela depois de 19 anos na inativa.


Testemunhas do acontecimento comentam:
"É como acordar de um coma!"
"É...uma hora tem que acontecer.."
"Demorou, hein?"

"..."

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Esperando a volta

Se eu gritar você escuta?

Se eu escutasse o que você diria?

...


Juro que ainda não escutei nenhum dos meus ecos pra saber porque chora o coração no peito meu.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Contagem

Tendo mania de tudo transformar em matemática ele começa:
Números do mercado,
Números de almoço,
Números de namoradas,
Números de cartão de crédito,
Números de bilhetes de viagem,
Números do telefone da avó,
Números de músicas tocadas...

E depois de muitas somas e multiplicações, pois não gosta de nada além dessas duas operações, ele para!

não consegue transformar em "Números" o Amor,

muito menos a solidão!

sábado, 16 de janeiro de 2010

A lista

Fui hoje ao blog da Rê e li a sua lista de objetivos pra 2010, e resolvi fazer a minha...antes tarde do que nunca.
Fiz, mas não tenho coragem como ela de publicar...e resolvi fazer uma de coisas que

'NUNCA FIZ E QUERO FAZER UM DIA'

1. Voar de asa-delta
2. Empinar pipa num campo aberto
3. Pintar um quadro que mostre um sentimento de verdade
4. Mergulhar
5. Participar de uma trilha de Bike
6. Fazer uma viagem de navio e trem
7. Ler toda a obra de Fernando Pessoa
8. Plantar um pomar
9. Visitar todos os continentes
10. Pescar

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Sem teto, só céu

O céu daqui é lindo.
As estradas daqui são estreitas.
O Povo daqui é batalhador.

e eu estou me sentindo uma perdida...

Onde amo mais?

Acho que no meu lindo planeta, a única casa de verdade, agora.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Viajando em casa

Amo viajar.
Já viajei tanto que tenho certeza que pra mim, a vida é uma viagem!
Viajar é se permitir novos limites.
Quem não sabe que a comida de outra cozinheira é muito diferente daquela da sua mãe, que usar o banheiro fora de casa é complicado e que apesar de tudo, nada é melhor que nossa cama!

Mesmo assim, me sinto, nem que seja um sentimento frágil, em casa na casa dos meus daqui.
A minha casa de lá tem outro cheiro, outro ritmo, outros visitantes, mas a minha casa aqui é a que tenho agora, e isso me encanta como um mistério.
Ainda terei outras casas nestas férias, muitas quantas forem possíveis!
Mas eu não me preocupo, cada dia com seu encanto e sua casa!