domingo, 28 de setembro de 2014

Novas Resoluções

26 de setembro
É incrível o quão rápido a minha empolgação tem mudado de rumos. Depois das últimas conversas duvido muito que o Rafael Trad venha pra cá, de impulso ele teria chegado ontem, mas pensando bem... Não veio, e tenho 99% de certeza que não vem.

Caí na real ontem, ou antes disso, que comprometer metade do meu salário com aluguel de apartamento é ostentação demais pra mim. É colocar uma corda no pescoço todo mês e não ter dinheiro pra aproveitar nada. Não gosto de ficar dura, quem gosta?!

Não quero perder minha leveza de vida, como tenho perdido nestes últimos dias, por conta de dinheiro que não tenho no bolso.

Ontem fui até uns "quartinhos" perto do meu trabalho que o valor seria ideal pra mim, só 220 reais de aluguel, luz e água, mas só vendo que muquifo. #deusmelivreeguarde! #padimpadiciçomedefenda! Pior só um cortiço de verdade, lugar sem iluminação, tudo sujo, cheio de criança piolhenta e catarrenta, aremaria!

Saí frustrada. Não, dizer isso é pouco, saí desolada. Porque pensava eu: "Se onde estou, que já não é bom é um absurdo pagar 450 reais, imagine mudar pra um buraco desses?!", "Pra onde eu vou depois do dia 1º? O que vou fazer?"

Com este dilema na mente conversei um tempão com o pai no celular e chorei o caminho todo de volta pra casa no ônibus, acabei reencontrando um pouco de paz após tantas lágrimas.

Refletimos juntos e chegamos à conclusão de que não adianta eu querer alugar um apartamento agora pra colocar uma geladeira e um fogão dentro, fincar uma bandeira e chamar de lar. Eu estaria sendo precipitada e forçando uma situação que não é real ainda. Recife está sendo minha casa, não é minha casa ainda de verdade, não sei se um dia será.

Então, resolvi procurar um Hostel que me abrigue em troca de horas de trabalho. Já fiz 4 visitas hoje de manhã, estou com 2 Nãos e 2 Talvez na mão. Depois fiz mais buscas pelo Facebook e já tenho outro Talvez. Espero conseguir algum que me aloje nem que seja pro mês de outubro, como eu disse pro Peterson hoje (ele me ligou), tenho vivido um dia de cada vez. Não adianta querer sair de casa, da asas dos pais, sem herança e ter luxo e talz, é só ilusão, a vida real é dura e não se maquia, ou é ou não é, dinheiro vai e só volta com muito custo. 

Coloquei a mochila nas costas, não estou com o sentimento de missão cumprida, então o certo é continuar andando, continuar minha viagem, mesmo que na mesma cidade nos próximos dias. Não tem problema, a vida é em si uma viagem.

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