terça-feira, 8 de novembro de 2011

O valor de uma amizade

Como se mede? Tem proveta ou balão volumétrico aferido analiticamente pra isso?

Eu acho que pode ser com aqueles aparelhos de última geração que contam o número de sorrisos trocados, passos compartilhados, um tantinho de interesse em nossa mútua companhia, só porque a gente sabe como se fazer feliz e ter segundas intenções nisso é até perdoável.

Eu te ensino química e você me ensina um pouco da sua gargalhada gostosa com sotaque gaúcho.
Eu te escuto horas, você com jeitinho de princesinha de estória infantil, e você pode me acompanhar em alguns diálogos vazios sobre meus problemas resolvíveis.
Te dou um conselho duro e só queria te ver feliz, hoje...amanhã a gente inventa outra desculpa.
Esbarro contigo por aí pra gente tomar um suco de açaí e trocamos sentimentos de "é.. eu sei como você se sente".
Ah, se você cozinhar pra mim no domingo, prometo que lavo a louça e escuto quantas músicas do Lenine ou do Teatro Mágico você quiser, se rola um Uno então..opa!
Se você comentar no meu blog, eu também comento no seu, mais que isso: Prometo te ler sempre.
Eu sei que a gente mora na mesma casa, mas a gente quase nunca se vê, se você me emprestar o seu fone, deixo você fazer a bagunça que for no final de semana - comigo junto, é claro!
 (Lembrei de algumas pessoas que ainda ando mensurando a amizade)

3 comentários:

  1. Ah Nathi! Sempre bom te visitar ainda que apenas virtualmente =/.
    Ainda não conseguimos nos encontrar...
    Eu li no Faceboock esses dias o que uma moça colocou, ela disse: A internet aproximou as pessoas que moram longe a afastou as que moram perto.
    Acho que ela tem um pouco de razão. A internet trás vantagens e desvantagens e gente vai navegando sem saber direito onde a gente vai chegar com tudo isto.

    Amei muito o seu texto. Sou sua fã.
    GRANDE E FORTE ABRAÇO!

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  2. Ain!

    ^^

    Queria todos cabendo nos meus abraços!

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  3. Pois sim! Mensurar amizade às vezes é muito fácil. E às vezes é um pouco difícil. Nesta etapa das nossas vidas de faculdade, de vida adulta começando, paramos para questionar essas coisas. Coisas importantes!
    Acho que você gosta de entender a amizade, analisando um pouco o texto, como uma relação de trocas. Eu concordo. Mas discordo às vezes. Porque eu nunca soube manter amizades, então este assunto me faz desconfiar de mim mesma.
    Veja bem. Eu, como amiga, sei que posso ser a melhor do mundo, sou aquela que vai cuidar de você quando está doente, que vai cuidar do seu gato e das suas plantas quando você viajar, mas também sou aquela que torce de longe. Aquela que não consegue simplesmente marcar de sair... É um bloqueio, sei lá.
    E ao mesmo tempo eu tenho momentos de solidão nos quais me aborreço com meus amigos que não me chamam para nada, que não telefonam, e etc. E aí me revolto e começo a mensurar amizade de um jeito bem malvado: "cinco pessoas, só cinco pessoas são meus amigos de verdade. Talvez menos. Ah, quer saber!? Eu sou a minha única amiga e pronto!"
    E então isso passa. E eu viro do partido Vinícius de Moraes.
    "Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! A alguns deles não procuro, basta saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida...mas é delicioso que eu saiba e sinta que eu os adoro, embora não declare e os procure sempre..."

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