terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Páginas Passadas

Bom, li um texto de uma amiga hoje (*Lis) e ele me fez pensar em textos antigos. Isso é uma coincidência, porque logo hoje estou arrumando minha bagunça em forma de papel de muitos anos de entulhamento e nesses papéis têm muitos textos escritos ou copiados!

Aqui vai um texto que fiz a algum tempo e foi uma época difícil...em vários aspectos, verídico guardando as devidas margens poéticas . Então, ei-lo:




Desertificação



Não sou mais o mesmo.


A angústia assolou as minhas noites,


O desespero agora se transformou em vazio.


Momentos em que me teria sido melhor a morte,


Desintegraram-se como grãos de areia.




A tormenta de não superar o medo do futuro,


Pois ainda havia traumas do passado,


São agora apenas lembranças obscuras.




Lutar tornara-se simplesmente rotina.


A vida era totalmente mecânica.


Não existia mais aquela paixão.




Enfim, não sou mais o mesmo.


Não sei conseguirei sentir aquela paz da infância.


Muito menos se ainda sei amar.


Porém, não sofro mais.




Acabou o desespero e ficou o deserto.


Somente a solidão da noite.


O único movimento é o vento frio.


O dia não me parece sufocante,


Apesar da bola de fogo que reina.




O que me consola é ter ido embora a mentira


E com ela o velho homem.


Sentir-me novamente vivo,


Talvez não seja mais possível.


Não sei o que virá, mas espero.


(by http://maresia.blogs.sapo.pt/arquivo/AreiaCinza.jpg)

7 comentários:

  1. Essa coisa do passado e a incerteza do futuro também me atormenta de vez em quando!!

    e em resposta ao seu comentário:
    Pode ficar tranquila - ainda estou ma acostumando a escrever sem o pobre do trema - pois eu não fico tão triste ao escrever quanto parece! fico muito feliz em sentir a obra como um bem meu, gerado por mim e pertencente a mim! Egoísta não é?? rsrs Mas creio que você me entendeu bem!
    =]

    grande abraço!
    E vê se não passa tanto tempo longe daqui!

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  2. Cuidado com a expressão poética dos desertos.

    Vazios, sem vida, ponto de desespero e angústia.


    De repente, vemos aqueles seus havitantes beduínos rindo em suas dunas.

    Aí eu mudei tudo, mudei tudo.



    Quem faz o deserto é seu vivente.

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  3. vivaz, não mais?

    nunca se sabe, é melhor mesmo que aguarde.

    (=

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  4. Olha eu aki...
    Gostei do seu texto embora muito triste... Já escrevi coisas assim tb...
    Entendo que não são todos os dias em que vemos o sol...
    Vc já assistiu o filme "the blue car"???
    É simples e achei bem bacana mesmo...Seu texto me lembrou as duas poesias que a protagonista escreve... Se tiver a oportunidade, assista.

    bjusss!

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  5. Oxi texto lindo.
    E angustiante...
    Seus txtos mexem.
    Tem força, gosto muito da sua escrita.

    parabéns pel blog.
    Desculpe demorar a postar...
    Mas postei..
    uaauhauhaa

    vestibular não passou ainda, mas falta pouquin... 3 dias.... \o/
    Seja o que Deus quiser.

    Até mais...

    P.S: Tú viu "A ilha da imaginação"? Tou doido pra ver ess filme... É bom?

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  6. O passado é uma grande fonte para as belas obras. Também a tristeza. Vejo tão nitidamente nesta tuas linhas a obra do passado e tristeza. Eu sou triste porque aprendi a viver o que sou. Gosto da tristeza, gostei do seu texto-poema.

    Abraço,

    R.Vinicius

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  7. E aí td certinho?
    Gostei do texto.O dela e o seu rsrsrsr...faz a gente refletir né?

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=]