domingo, 22 de abril de 2012

alguém que não está manda dizer

As palavras de quem está ausente são o vazio e a saudade.
É o silêncio.
Não são por assim dizer palavras, são atos não realizados, sorrisos não distribuídos, é uma conversa que nunca acontecerá.

O escuro é a ausência da luz.
É?
É o que dizem.
Ah!

A tristeza é a ausência da alegria.
A morte é a ausência da vida.
A guerra é a ausência da paz.
O medo é a ausência da esperança.

Tenho algo que não tem nome, é a ausência de quem não está.
Silêncio.

5 comentários:

  1. - a ausência nos transforma, pois é nela que está o intervalo da existência.
    imagine um mundo contínuo, sem ausências (?)
    seria tão absoluto que não caberia vida.
    a vida é isso, um intervalo de ausências - que está no compasso das músicas, nas sílabas das palavras, no passo a passo, no psicar de olhos, no pensamento...

    é bom que não esteja, pois há a certeza de que você se transformará [como essa bela inspiração].

    grande abraço.

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    1. Bom, não sei se é exatamente na ausência que existimos.
      Não sei de muita coisa, mas sei que sempre precisei -preciso- de um momento
      para dar uma pausa e recolocar tudo no lugar, seja literalmente, seja psicologicamente.

      E foi num destes momentos que chorei pelo meu avô morto a semanas.
      E foi num outro destes que descobri do que eu não gosto, e o que não quero.

      Por que o que quero é sempre um mistério!

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    2. Ficar sozinha, essa não é a minha. Acho que entro em pane mental.

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  2. Bom, a ausência nem sempre é a solidão, Ana.

    E concordo com você, não me dou bem com a solidão, mas não me dou bem com muitas coisas, e mesmo assim, geralmente me deparando com elas. Fazer o quê, este é o lado bom de saber que nada é para sempre, nem a solidão.

    Ps: Não que eu esteja sozinha agora, se me deixei entender assim, ok?

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  3. "E tua ausência fazendo silêncio em todo lugar"....

    Tava pensando nisso hoje, na ausência, nas pessoas que não se encontram mais aqui conosco e nem por isso se AUSENTARAM. Senti saudade delas, e lembrei de coisas, de momentos, de conversas.... e de repente, tudo isso é uma forma de na ausência ainda se fazer presente.

    Confuso? Bem...pra mim não.
    Gostei do texto. rs =D

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