quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Ser, estar

Amar não é e nunca foi um verbo que escolhe a dedo o sujeito certo para conjuga-lo.
Todavia, deve lá haver alguma lógica, nem que seja uma daquelas meticulosamente aleatórias, pois até para ser imparcial e em nada previlegiar outrem a fulano, há aí uma arte misteriosa.
O problema é que nem assim ele se deu por satisfeito, não quis ser só um verbo.
O amor.
Foi escrito, falado, ou apenas imaginado um dia por um artigo antes daquele vento avassalador e macio que não tem hora para dar as caras.
O amor.
Pronto.
O que fora verbo, agora se personifica em "O" amor e começa a andar, entre nós, como quem ouve, vê e fala por si só.
Pode?
Bom, se quando ele deu um de caprichoso ninguém lhe puxou a orelha, não vai ser agora que ousaríamos repreende-lo. Não eu, espero que você também não.
Pois é, as coisas amadurecem, nós também amadurecemos, ele não seria diferente.
Quando conheceu o mundo, principalmente nós humanos, ele chorou.
Lágrimas de orvalho.
Quase se arrependeu.
Contudo, como eu disse, amadurecer, não esmorecer, e ele cresceu, um ser superior se tornou.
Deixou de lado o arrependimento e a mágoa e decidiu escolher o suor e a luta cotidiana.
Amar e conhecer o Amor não é conto de fadas, não é fácil, nem tá na moda.

Amar é antigo.
O Amor?

Ahy, isso não, ele é tão jovem quanto você o fizer.

Ame!

2 comentários:

Registre você também o seu pretexto, Obrigada!
=]