Tenho, por natureza, necessidade de vida.
Tenho ânsia por movimento, por sentimento, por história, por planos pro futuro.
A vida em todos os seus aspectos, bons e ruins me agrada.
Viver é meu objetivo.
A morte já passou na minha vida algumas vezes.
Não gosto de me lembrar.
É como algum sonho ruim e tenebroso que só de vir à memória a gente tem medo de virar realidade,
pena que era realmente realidade.
Odeio aquela frase que diz que a única certeza na vida é a morte.
Não concordo.
Acho que a única certeza da morte é que houve uma vida, sem a vida não haveria a morte.
Primeiro deve haver pra depois deixar-se de existir.
Leio livros que culminam em mortes, mas tento não me apegar aos finais e sim à vida e toda experiência que veio antes. Vejo filmes que terminam em mortes - alguns têm morte mesmo no início - e mais uma vez enrolo minha mente com outros pontos, outros fatos.
Infelizmente, mais frequente do que gostaria, não consigo ser bem sucedida nesta meta e choro.
Hoje meu choro foi como de neném quando já está cansado de chorar, foi quieto, nem alto nem baixinho.
Só chorei e me deixei chorar.
A morte era fictícia, mas assim como os quadros que estão expostos no Museu Paulista lá no Ipiranga são representativos da realidade passada, assim também esta morte fictícia pela qual chorei hoje representava uma morte real. E chorei por ambas.
Chorei em nome de toda ausência que fica pra preencher aquilo que já se chamou vida.
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ResponderExcluira morte sempre me incomodou, às vezes, inclusive, acordava assustado no meio da noite, devido ao sonho recorrente, de muitos anos, em que uma figura sem face me dizia em tom de lembrança "lembre-se que você morrerá um dia"... foi a época dos poemas mais tristes e imparciais, na tentativa de buscar um significado para a vida.
mas um dia compreendi que a morte, de fato, não existe, que mesmo que ultrapassemos a matéria a consciência se expande, pois é atemporal e una com o universo.
podemos ver essa resposta no trinar do vento contra as folhas das árvores, nos pingos da chuva que escoa pelo asfalto quente, no latido do cachorrinho perdido, no silêncio... principalmente no silêncio.
se não fosse o silêncio, não existiria o verbo, e sem o verbo, não existiria ação... não existiria nada... portanto tudo é, e não tem como deixar de ser: jamais.
Os seus textos às vezes me deixam desconsertada. Não sei o que dizer para acrescentar. Resta o silêncio e as palavras reverberando...
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