sexta-feira, 22 de junho de 2012

Guerra

Acordar é difícil. Às vezes o maior problema é o calor te absorvendo, absorvendo todo o suor do corpo quente, absorvendo sua vontade de encarar o dia que já está alto. A preguiça da temperatura que faz justiça a nossa fama de país tropical é crônica alguns meses do ano.

Sinto como se já fosse parte da alma, parte de um todo chamado enfado e canseira. Ainda não fiz nada hoje, mas pareço exausta. Penso num banho frio e já começo a viajar entre cachoeiras e piscinas. O banheiro parece tão longe e levantar tão pesado, meus músculo neste exato momento são feitos de ferro fundido, meu sangue perece ferver e minha saliva tem gosto de requentamento.

Preciso de uma faísca para que tudo exploda e após o big-bang que será eu posso começar um dia novo, porque este já tem cara de missão perdida.

Necessito de um empurrãozinho para a realidade e daquele falado banho. É só uma questão de decisão, se eu quiser eu levanto e pronto, o resto é mais fácil. Vou levantar, é só eu mover para o canto da cama, quando eu ver que vou cair mesmo, eu vou acabar levantando. Melhor, uma coisa tão simples, é só levantar. Agora. Calma, não pode ser tão brusco, posso ter hipotensão postural, melhor ir com calma. Vamos, assim, devagar. Não, não era pra mudar de posição, ai, que merda, essa tá tão boa. Só mais uns cinco minutos e então levanto, tenho um dia inteiro pela frente, cinco minutos não serão tão importantes.

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