segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Pra começar o ano, um brinde aos "Finais"

Quem não trabalha não tem calo nos dedos. A algum tempo não escrevo, é assim mesmo.
Alguns momentos o silêncio é minha única forma de expressão, juro que não chupei caju travoso pra tá assim, mas bem que não seria uma má ideia.
Vivo uma vida de temporadas, que nem os seriados do Netflix, a diferir que eu garanto sempre a temporada seguinte, com ou sem sucesso. Estou atualmente esperando "nova temporada" de mais de quatro séries, o que uma pessoa faz com isso? Que vida é essa que eu não pedi! Gostaria de desabafar, estou realmente decepcionada com a forma que as séries atuais estão sendo feitas, episódio após outro sem o final de mistério algum, um horror! Ao meu ver seriados e/ou séries diferem das novelas porque possuem episódios com histórias independentes, ou seja, com início, meio e fim, e em uma temporada o fio do desenrolar de uma só história revela também um começo, meio e fim. No máximo um acontecimento chocante para continuar na próxima temporada, mas o que me vi vivendo foi "tricotando" a tarde toda assistindo um episódio após o outro e o fim encontrava-se mais longe do que borda de piscina olímpica quando se tenta atravessar com os olhos fechados. Sem esperanças!!! Qual o problema em fazer um verdadeiro seriado? Se eu gostasse de novela me conectava ao G1, Vale a Pena ver de novo e toda essa merda requentada e batida no liquidificador, mais fácil de por guela abaixo que água e mais indigesta do que sarapatel da feira de Lagedo comido no domingo. Fica aqui registrada a minha revolta com essa moda de continuidade. Eu amo os começos, dou enorme valor aos meios, porém os finais são fundamentais, tenho uma lista enorme de pessoas que sabem começar (em qualquer tipo de assunto e arte), mas bons finais, finais épicos a gente conta nos dedos.
Qual é a dessa galera da trilogia? A primeira trilogia marcante da minha vida foi "O Senhor dos Anéis", e olha que nem sou tão nova assim. Quem viu o lançamento de "Titanic", um filme que quando acaba sua bunda tá quadrada como se você estivesse sentado por uma semana, não consegue entender como uma história do tipo "Jogos Vorazes" teve cena pra encher mais de três filmes. Isso mesmo, depois da moda da trilogia, veio a moda de dividir o final em dois filmes. O que acaba acontecendo é que a história de ir assistir aos filmes da tal "trilogia" (que hoje em dia a gente sabe que são quatro filme, com sorte) com o passar do tempo começa a se misturar a nossa própria história. Por exemplo eu, fui assistir ao primeiro filme dos "Jogos Vorazes" com o ex-namorado de SP, o segundo filme assisti com uma amiga curtindo a solteirice, o terceiro assisti com um ficante (que agora é namorado) e sai tão revoltada que eles cortaram o final em dois filmes que pra protestar a isso ainda não assisti ao quarto filme. Mas, pô, é isso aí… você pode fazer uma retrospectiva de vida (ou de namorados) só tentando lembrar com quem estava no cinema em cada filme da "trilogia"… vai se ferrar!
A vida é tão curta pra ler todos os livros que eu quero e tão cheia de coisas importantes que agora eu só vou ao cinema assistir a um filme quando tenho CERTEZA que não é filme de sequência. Eu fico imaginando isso como, talvez, uma consequência da nossa nova longevidade, afinal, a alguns anos atrás quando as pessoas viviam até os quarenta com sorte, ou no romantismo brasileiro que a tuberculose levava muitos jovens aos vinte e alguns, não ia ser um bom negócio fazer filme de sequencia uma vez que quando o terceiro filme saísse praticamente mais da metade da população que viu o primeiro não se encontrava mais entre nós, imagina o fiasco que ia ser pros bolsos dos produtores de Harry Potter!? É acho que vai mais ou menos por essa linha de pensamento, vivemos mais, podemos seguir uma sequência de filmes com roteiros enchendo linguiça, mas é no final, um luxo da longevidade do século XXI.
Um brinde ao caju verde que eu não comi, mas podia só pra não tá aqui falando besteira… amanhã tem mais!

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