terça-feira, 12 de agosto de 2008

Break time.

(sexta-feira, 6 de junho de 2008, 23:46)

Tomara que o meu dia não tenha sido uma sinopse das férias que estão por vir, porque se não eu irei perder o meu mês de julho só descansando, e quando estiver cansada de descansar eu vou descansar de descansar.

Isso me lembra o Rafael de Goiás, ele que falava que eu tinha me tornado uma paulista de verdade, só porque eu reclamava com ele (nos e-mails ano passado) que tinha muito feriado e eu não fazia nada. O que ele não entendia é que eu não reclamava de ter feriado (o que não faltou ano passado e que "por acaso" eu amo!!), mas eu achava chato porque não tinham coisas legais pra fazer. Quando eu morava lá em Goiás tinha o rio pra me divertir, tinha a casa dos amigos que era só atravessar a rua e já chegava, aqui tem também, só que atravessa a cidade e não a rua pra chegar. A vida lá era sombra e água fresca!!

Ficar hoje em casa o dia todo por causa do joelho que eu mal conseguia mexer foi um saco!!Eu tomei remédio e agora só dói mesmo quando eu tento esticar bastante, já andando quase normal. Fico pensando como deve ser ruim para quem tem alguma restrição de locomoção transitar nessa cidade que tem tanta calçada mal feita, tanta escada com muitos ou poucos degraus. Ontem quando eu fui atravessar a rua, só pra descer da calçada com o joelho mal foi tão difícil, imagina como deve ser pra quem, por exemplo, usa cadeiras de rodas? Pena que nós (começando principalmente por mim) só percebemos como as coisas incomodam os outros quando sentimos o incomodo na pele. Esse machucado que me deixou momentaneamente parada serviu além de tudo pra perceber como eu sou egoísta. Não que agora eu vá entrar na luta para extinção das calçadas de São Paulo, esse foi só um exemplo que usei e um problema social de acessibilidade que não é meu foco da conversa hoje, é um tema sério demais para eu que sou leiga no assunto me meter a discutir. Quero abordar somente o fato da minha egocentricidade que tenho tentado neutralizar diariamente. Não é porque uma coisa que acontece de modo errado não vai me afetar que eu deva cruzar os meus braços, pelo contrário, como não me incomoda tanto ou nada, é dever meu defender o direito de quem é afligido por esse problema, afinal se eu não sofro, eu tenho mais forças para lutar contra esse mal. Não sou nenhuma defensora dos fracos e oprimidos, estou bem longe disso, mas tento fazer a minha parte na medida do possível, não tenho sido o que queria ser, mas pelo menos não estou igual ao que era antes.


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